JAC vai reparar baterias de carros elétricos no Brasil

Uma iniciativa da JAC Motors promete diminuir os custos de reparo e priorizar a sustentabilidade. A marca, que faz parte do Grupo SHC, inaugurou seu primeiro laboratório de recuperação de baterias automotivas no Brasil.

O espaço é voltado exclusivamente para veículos elétricos e vai permitir a substituição de células individuais com defeito, evitando a necessidade de trocar todo o pack. Segundo a empresa, essa abordagem oferece uma solução mais sustentável e econômica, reduzindo significativamente os custos de manutenção.

Espaço usa tecnologia de ponta

O centro de reparo da JAC fica em São Paulo e é equipado com tecnologia de ponta para diagnóstico e substituição individual de células defeituosas. O investimento total em equipamentos ultrapassa a marca de US$ 1 milhão e incluiu treinamento especializado de engenheiros tanto no Brasil quanto na China.

Uma das principais vantagens da nova tecnologia é a identificação precisa das células danificadas, que podem ser removidas e substituídas sem a necessidade de trocar o pack completo de baterias. Este processo utiliza ferramentas como multímetros de alta precisão e soldagem a laser, e garante a integridade do módulo e prolonga a vida útil da bateria.

Espaço também vai permitir reciclagem das baterias (Imagem: Al.geba/Shutterstock)

A substituição individual das células danificadas reduz os custos de reparo em até 55% do valor do veículo em casos de troca completa do pack de baterias, mas também evita o descarte desnecessário de componentes, minimizando o impacto ambiental.

O laboratório ainda é o primeiro no Brasil a implementar um processo tecnológico 100% dedicado à recuperação de módulos de baterias. Com isso, a marca foca na reciclagem de baterias que utilizam materiais como lítio e fosfato, que são de grande preocupação ambiental.

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Célula de bateria pronta para troca (Imagem: JAC Motors)

Etapas do trabalho de recuperação das baterias

Num primeiro momento, um equipamento de alta precisão mede a capacidade das células para identificar aquelas com baixa voltagem.
Após, utilizando uma serra-copo, o núcleo danificado é removido cuidadosamente e substituído por uma nova célula.
O novo núcleo é, então, conectado ao conjunto de células do módulo através de soldagem a laser.
Por fim, o módulo é submetido a um balanceamento que equaliza a voltagem do novo núcleo com as células existentes.
O processo completo leva cerca de três dias.