Na madrugada desta quinta-feira (14), a Lua alcançará o afélio, que é o ponto de sua órbita mais distante do Sol. Isso acontece às 2h39, quando ela estará a 0,9915 unidades astronômicas (UA) da nossa estrela hospedeira – em torno de 148,7 milhões de km. (Todos os horários aqui mencionados têm como referência o fuso de Brasília).
Segundo a plataforma InTheSky.org, algumas horas mais tarde, às 8h15, ela chega ao perigeu, ponto de sua órbita mais próximo da Terra.

A distância da Lua em relação à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando um caminho chamado elipse. À medida que ela atravessa esse caminho elíptico ao redor do nosso planeta a cada mês, sua distância varia entre 356.500 km no perigeu e 406.700 km no apogeu (que é o ponto mais distante).
No perigeu, nosso satélite natural chega a ficar até 14% mais brilhante no céu, quando visível – o que será o caso desta vez, já que estaremos a apenas um dia do início da lua cheia.
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Fim de semana traz encontro entre a Lua e Júpiter
Depois de passar por Saturno (e ocultar o gigante dos anéis para observadores localizados em um certo trecho da Terra), a Lua dá continuidade à sua “turnê mensal” de novembro pelos planetas do Sistema Solar visitando Júpiter. Na ocasião, ela e o nosso maior vizinho vão aparecer bem próximos no céu, em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica.
De acordo com o site In-The-Sky.org, isso acontece às 11h54 da manhã de domingo (17), quando a Lua vai passar a pouco mais de 5º ao norte de Júpiter.
De São Paulo, o par estará visível a partir entre 20h43 do dia anterior e 4h52, o que significa que a conjunção em si não poderá ser observada, já que ambos os corpos estarão abaixo da linha do horizonte nesse momento.

De qualquer forma, durante o período que estiverem acessíveis, eles poderão ser vistos já muito próximos. O par não caberá no campo de visão de um telescópio ou binóculos, mas será visível a olho nu.
Enquanto a Lua estará em magnitude de -12.7, a de Júpiter será de -2.8, com ambos na constelação de Touro. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.
Depois de Júpiter, a lua fecha o mês ao lado de Marte (20). Essa série de conjunções que o satélite faz mensalmente ocorre porque ele orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.