(Imagem: Triff / Shutterstock.com)
Um grupo de astrônomos está questionando se o nosso universo é o melhor possível para sustentar a vida inteligente. Inspirados pela Equação de Drake, que estima a probabilidade de vida inteligente em outras partes do espaço, os pesquisadores desenvolveram um novo modelo para entender a formação de vida inteligente em diferentes universos hipotéticos, com base em um parâmetro específico: a energia escura.
A energia escura, uma forma de energia que ainda não foi confirmada diretamente, é conhecida por causar a expansão acelerada do universo. Seu efeito se manifesta em larga escala, impactando a formação de estrelas e, potencialmente, a existência de vida. No nosso universo, a conversão de matéria regular em estrelas ocorre com uma eficiência de aproximadamente 23%, um valor considerado bom.
No entanto, o modelo dos pesquisadores indica que em universos com uma densidade maior de energia escura, essa eficiência pode chegar a 27%, tornando a formação de estrelas — e, assim, a chance de vida — mais provável. O estudo foi publicado na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
De acordo com o estudo, o aumento na quantidade de energia escura pode tornar mais fácil a criação de estrelas, o que eleva a chance de que vida inteligente surja nesses universos.
Ao explorar uma gama de universos, desde aqueles sem energia escura até aqueles com densidades 100.000 vezes maiores do que as encontradas no nosso, os cientistas descobriram que a probabilidade de formação de “observadores” — ou seja, seres capazes de perceber e interagir com o universo — pode ser maior em universos diferentes do nosso.
Compreender a energia escura e seu impacto no nosso universo é um dos maiores desafios na cosmologia e física fundamental. Os parâmetros que regem o nosso universo, incluindo a densidade de energia escura, podem explicar a nossa própria existência. Surpreendentemente, descobrimos que uma densidade de energia escura significativamente maior ainda seria compatível com a vida, sugerindo que talvez não vivamos no universo mais provável para o surgimento de vida.
Dr. Daniele Sorini, do Instituto de Cosmologia Computacional da Universidade de Durham, em comunicado
Leia mais:
Esta post foi modificado pela última vez em 14 de novembro de 2024 20:56