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A eleição de Donald Trump para presidência dos Estados Unidos deve gerar impactos importantes para o Brasil. Um deles diz respeito à exportação de biocombustíveis e a consequente transição energética brasileira.
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A análise é de especialistas reunidos em um painel para discutir o assunto. Eles lembraram que o republicano prometeu, durante a campanha eleitoral, fechar a economia norte-americana e criar barreiras tarifárias, aumentando as taxas em até 20% sobre praticamente todas as importações dos EUA.
Expectativa é de redução nas exportações
- O Brasil exportou US$ 252 milhões (R$ 1,4 bilhão) em etanol e US$ 70 milhões (R$ 403 milhões) em biodiesel para os Estados Unidos em 2023, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
- Somando os dois produtos, o país foi o terceiro maior comprador do Brasil no ano passado, atrás apenas de Coreia do Sul e Países Baixos.
- No entanto, este cenário agora deve mudar.
- Ainda mais porque Trump não é um defensor de ações para combater as mudanças climáticas.
- Pelo contrário, o presidente eleito contesta os motivos para o aquecimento do planeta.

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Potencial energético do Brasil precisa ser aproveitado
Apesar dos desafios, os especialistas apontam que o Brasil tem enorme potencial para produção de biocombustíveis, como etanol e biometano. Por isso, o país precisa buscar uma rota nacional de redução de emissões, segundo informações da Folha de São Paulo.
Uma das opções levantadas é substituir o gás natural pelo biometano, que é gerado a partir da purificação do biogás, produto da decomposição natural de lixo, esterco e subprodutos da agricultura. De características semelhantes ao GNV, ele ainda pode ser utilizado como combustível para veículos.
Apenas esta medida pode reduzir em 80% a emissão de gases do efeito estufa, consideradas todas as etapas do processo produtivo. Ao mesmo tempo, os centros de logística usados para exportação de biocombustíveis podem ser integrados à indústria local.

A Lei do Combustível do Futuro, sancionada em outubro pelo presidente Lula (PT), ajuda na descarbonização ao induzir a demanda por biocombustíveis no Brasil. Ela estabelece que a mistura de etanol à gasolina passará a ser de 22% a 27%, podendo chegar a 35%, e prevê aumentos anuais na porcentagem de biodiesel misturado ao diesel.
Em 2021, o Brasil tinha 755 plantas de biogás em operação, aumento de 16% com relação ao ano anterior. No mesmo período, a produção cresceu 10%, segundo levantamento do Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás. Ainda assim, a Associação Brasileira de Biogás e Biometano estima que o potencial de produção de biogás no território nacional é quase 40 vezes maior que a produção atual: 84 bilhões de metros cúbicos por ano, contra 2,3 bilhões.