Pirâmide milenar colapsa no México devido às mudanças climáticas

Alguns exemplos de monumentos impactados pelos efeitos das mudanças climáticas acenderam um sinal de alerta
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 19/11/2024 16h48
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Piramide de Michoacán (Imagem: Reprodução/Instituto Nacional de Antropología e Historia)
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As mudanças climáticas não afetam apenas o futuro do nosso planeta, mas também o passado da humanidade. Isso porque os eventos climáticos extremos ameaçam patrimônios culturais do nosso planeta. É o caso de uma pirâmide de pedra localizada no México. A estrutura de 15 metros de altura é um dos monumentos mais bem preservados da civilização do Reino de Michoacán e simplesmente veio abaixo em julho deste ano.

Monumento está sendo restaurado

  • Tudo aconteceu na noite de 29 de julho.
  • A região estava enfrentando fortes chuvas após a pior seca do país em 30 anos.
  • Este cenário causou rachaduras que favoreceram a infiltração da água para o interior da construção.
  • Foi então que a parede sul da estrutura desmoronou.
  • Funcionários do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH) afirmaram que os danos ficaram restritos a esta pirâmide, mas que há outras estruturas em mau estado de conservação, incluindo o muro externo.
  • O trabalho agora é de restauração do monumento.
  • As informações são do ScienceAlert.
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Pirâmide desmoronou por conta das chuvas intensas (Imagem: Secretaría de Cultura do México)

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Várias outras construções também estão sendo afetadas

A pirâmide no México é apenas um dos exemplos dos impactos das mudanças climáticas em obras de relevância cultural. Na mesma época foi registrado o desabamento do icônico “Double Arch” no Parque Nacional de Glen Canyon, nos Estados Unidos.

Recentemente, um grupo de arqueólogos descobriu que pinturas rupestres antigas na Oceania estão se deteriorando com o aumento das temperaturas. Já um estudo sobre materiais de construção do patrimônio cultural na Europa e no México identificou que quando a precipitação aumenta substancialmente, isso coloca esses edifícios em grandes riscos.

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Rachaduras favoreceram a infiltração da água para o interior da construção (Imagem: Secretaría de Cultura do México)

Por isso, pesquisadores estão buscando formas de proteger os monumentos destes efeitos, embora isso não seja nada fácil. O apelo segue sendo por esforços da comunidade internacional para reverter o atual cenário de aumento das temperaturas globais.

Os cientistas são categóricos ao afirmar que apenas a diminuição das emissões de gases de efeito estufa podem salvar o nosso planeta, além dos nossos monumentos do passado, é claro.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.