Como funciona mapeamento genético gratuito para descobrir câncer?

O mapeamento genético usa uma amostra de sangue para identificar mutações em genes com alto risco de câncer de mama
Por Ramana Rech, editado por Bruno Ignacio de Lima 20/11/2024 04h20
Mulher com laço rosa apoiando a campanha de conscientização sobre o câncer de mama
Mulher com laço rosa apoiando a campanha de conscientização sobre o câncer de mama/Shutterstock/Foto Yuriy Maksymiv
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No Brasil, o câncer de mama é o tipo mais comum da doença e o que mais mata mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Cerca de entre 5% a 10% dos casos de câncer de mama são provocados por fatores ligados à genética. Nesses casos, o mapeamento genético pode auxiliar na prevenção do desenvolvimento de câncer.

O teste já é oferecido em alguns lugares, como em Goiás, de forma gratuita via o Sistema Único de Saúde (SUS).

O que é o mapeamento genético?

O mapeamento genético contra câncer gratuito é feito a partir da coleta de sangue dos pacientes. O teste busca identificar as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, ligados ao risco de câncer de mama e de ovário.

câncer de mama
Imagem: siam.pukkato/Shutterstock

O exame é uma das alternativas à mastectomia profilática, quando o paciente retira as mamas pra evitar o desenvolvimento de câncer, como fez a atriz Angelina Jolie. Por muito tempo, houve pesquisas com o mapeamento genético, mas agora ele se tornou uma política pública.

Como funciona o mapeamento genético para descobrir câncer?

De acordo com publicação do governo de Goiás, depois da coleta, o sangue é processado e passa por uma limpeza até chegar na molécula de DNA. A partir disso, a molécula é colocada em uma espécie de chip e deixado em uma máquina, onde passa a noite toda fazendo a leitura dos genes que tem alto risco associado ao câncer.

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Imagem: Shutterstock/Jo Panuwat D

Goiás diz que é o primeiro estado do Brasil a oferecer o mapeamento genético de câncer de forma gratuita no Brasil. O estado tem uma parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), e o sequenciamento é realizado Centro de Genética Humana (Cegh) da UFG.

O processo começa com o atendimento na atenção primária, em que são identificadas as pessoas com perfis adequados para os exames. Os profissionais de saúde devem observar se elas têm histórico familiar de dois parentes consanguíneos de até terceiro grau que já tiveram câncer de mama.

Ramana Rech
Colaboração para o Olhar Digital

Ramana Rech é jornalista formada pela ECA-USP. Participou do Curso Estadão de Jornalismo Econômico e tem passagem pela Editora Globo e Rádio CNN.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.