Um sintoma do Alzheimer pode estar bem debaixo do nosso nariz

Pesquisadores descobriram que perda de olfato pode ser um sinal precoce de doença
Vitoria Lopes Gomez21/11/2024 05h40
Cérebro se desfazendo
Vírus pode sair do estômago e atacar o cérebro (Imagem: Naeblys/Shutterstock)
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Um estudo publicado na revista Neurology revelou que um sintoma de Alzheimer pode estar bem debaixo do nosso nariz (literalmente). O trabalho revelou que a perda de olfato pode estar associado ao declínio cognitivo.

Vale lembrar, no entanto, que o sintoma sozinho não significa Alzheimer. Algumas iniciativas, inclusive, estão realizando testes adicionais para obter um diagnóstico mais preciso.

perda de olfato
Perda de olfato pode ser um sinal precoce da doença neurodegenerativa (Imagem: shutterstock/Nenad Cavoski)

Relação entre olfato e Alzheimer

O estudo identificou que participantes com comprometimento cognitivo, um dos indicadores do Alzheimer, tiveram piores pontuações na hora de identificar odores em comparação com pessoas sem comprometimento cognitivo. Já os que tiveram pontuações maiores foram associados à perda mais lenta de volume cerebral, principalmente nas áreas relacionados ao pensamento e à memória.

De acordo com o trabalho, foi possível relacionar o comprimento cognitivo e demência com a perda de olfato. Segundo o National Institute on Aging, assim como a função neurodegenerativa, a função olfativa também diminui com a idade, podendo ser um sintoma precoce de Alzheimer e outras doenças.

Esse não é o primeiro estudo nesse sentido. Um trabalho anterior, da UChicago Medicine, já havia indicado que a perda de olfato durante um período pode prever características do Alzheimer, aumentando o risco.

cérebro
Nem todo sintoma, no entanto, indica um diangóstico precoce (Imagem: Naeblys / iStock)

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Como ter certeza do sintoma?

  • A solução não é tão simples – afinal, perda de olfato pode ser sintoma de outras doenças, incluindo gripe e covid-19;
  • Pensando nisso, um projeto da The University of Warwick resolveu aprofundar essa relação com novos procedimentos, como uma espécie de triagem;
  • No teste, os participantes que apresentarem desempenho ruim tanto no olfato como no paladar serão encaminhados para testes adicionais, que podem confirmar ou descartar um diagnóstico de Alzheimer.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.

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