Meta apaga 2 milhões de contas usadas por golpistas

Os criminosos usavam as contas falsas para se aproximar de potenciais vítimas e aplicar o chamado golpe "pig butchering" (abate de porco)
Alessandro Di Lorenzo22/11/2024 12h24
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Imagem: Ink Drop/Shutterstock
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A Meta anunciou a adoção de medidas contra criminosos que usavam contas nas redes sociais da empresa para realizar golpes do tipo “pig butchering” (abate de porco). Criadas após a pandemia da Covid-19, estas atividades cresceram assustadoramente nos últimos anos.

Segundo a companhia, investigações internas rastrearam diversos grupos criminosos em países como Camboja, Laos, Myanmar, Filipinas e até mesmo Emirados Árabes Unidos. Este trabalho também contou com a ajuda de ONGs especializadas e autoridades dos Estados Unidos e do sudeste asiático.

Acordo visa alertar possíveis vítimas sobre o esquema

  • A Meta informou que apagou mais de dois milhões de contas relacionadas a esse tipo de prática criminosa.
  • A empresa revelou que uma das maiores células responsáveis pelo esquema criminoso reside no Camboja, aplicando esses golpes especialmente em vítimas chinesas e japonesas.
  • Para aumentar os níveis de segurança das redes sociais, a companhia também firmou um acordo com as empresas Match Group, Coinbase e Ripple.
Logo da Meta sob a visão de uma lupa
Meta vai enviar mensagens de aviso aos usuários no Messenger e Instagram (Imagem: Cristian Valderas/Shutterstock)

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Como funciona o golpe

Apesar de ter se espalhado para o mundo inteiro, o pig butchering é mais comum em países da Ásia. Os criminosos atuam enviando mensagens para alguma rede social da vítima com o objetivo de se aproximar dela.

Este processo pode levar tempo e, a partir do aumento dos laços com a pessoa, os golpistas começam a falar sobre investimentos e lucratividade, geralmente na esfera das moedas digitais. Dessa forma, as vítimas (porcos) são gradualmente incentivadas a entregar seu dinheiro com a esperança de um retorno financeiro (abate).

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Golpistas enviam mensagens nas redes sociais da vítima (Imagem: Syda Productions/Shutterstock)

É claro que não existe nenhum investimento de fato e os criminosos ficam com os recursos financeiros da pessoa. Para prevenir futuros casos do tipo, a Meta informou que enviará mensagens de aviso no Messenger e Instagram.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.