Qualcomm busca expandir portfólio empresarial; saiba como

Empresa deverá explorar novas formas de expansão, de olho na reestruturação e desafios da Intel no mercado de semicondutores
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Rodrigo Mozelli 28/11/2024 01h40, atualizada em 10/12/2024 12h43
Logo da Qualcomm em fachada
Foco da gigante dos chips mobile é em aumentar sua receita sem adquirir outras empresas (Imagem: Sundry Photography/Shutterstock)
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A Qualcomm estaria estudando novas formas de expandir seu negócio e portfólio empresarial. A decisão vem com base em sua suposta desistência na adquisição da Intel dada a complexidade e desafios envolvidos no acordo, conforme informações da Bloomberg.

Embora a aquisição, que poderia ter sido uma das maiores da história, tenha sido inicialmente considerada, a Qualcomm, agora, busca alternativas para expandir, possivelmente focando em setores específicos da gigante dos chips.

A Intel, com capitalização de mercado de US$ 102,38 bilhões (R$ 608,04 bilhões, na conversão direta), representaria aquisição de grande escala, superando a compra da VMware pela Broadcom em 2023, caso fosse concretizada.

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A Intel vem passando por crise financeira (Imagem: canon_photographer/Shutterstock)

A combinação das duas empresas faria sentido em termos de megatendências do setor, já que a Qualcomm é forte em processadores 5G, enquanto a Intel domina o mercado de CPUs para PCs e data centers.

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Razões que teriam levado a Qualcomm a desistir da compra

  • É de conhecimento público que a Intel enfrenta desafios, incluindo dívida de US$ 50 bilhões (R$ 296,97 bilhões), perda de participação de mercado para a AMD e dificuldades em sua unidade de fabricação de semicondutores, áreas onde a Qualcomm não tem experiência;
  • Além disso, a aquisição enfrentaria obstáculos regulatórios, especialmente na China, e uma reestruturação significativa dentro da Intel sob o comando de Pat Gelsinger, que busca recuperar sua competitividade no mercado;
  • Embora uma fusão das duas empresas criasse uma gigante tecnológica, a Qualcomm parece ter decidido que uma aquisição dessa magnitude não é atraente neste momento.

Em vez disso, a Qualcomm planeja gerar US$ 22 bilhões (R$ 130,66 bilhões) em receita anual até 2029, expandindo para mercados, como PCs, redes e chips automotivos, sem a necessidade de uma grande aquisição.

Outras duas empresas também teriam interesse na aquisição da big tech: Samsung e Apple, mas especialistas do setor acham improvável até mesmo que a companhia seja vendida. Entenda o motivo aqui.

Qualcomm deve buscar outros meios de expandir sua receita sem precisar adquirir outra empresa (Imagem: viewimage/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.