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Você já ouviu falar de determinismo geográfico? Está é uma teoria que defende que o ambiente físico determina o desenvolvimento humano. Muito famosa no séculos XIX e no início do século XX, ela acabou perdendo muito espaço por ser considerada simplista demais.
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Mas agora, um novo estudo mostra que talvez ela não seja tão equivocada assim (pelo menos quando o assunto é saúde). Pesquisadores afirmaram que morar em um bairro de baixa renda pode afetar o desempenho cognitivo, aumentando as chances de desenvolver Alzheimer.
Moradias têm relação com doenças cognitivas
- No trabalho, a equipe da Wake Forest University, dos Estados Unidos, defende que o acesso desigual à educação, emprego, renda e moradia aumenta o risco de doença de Alzheimer e outras demências relacionadas.
- Para avaliar o nível da falta de recursos sociais e econômicos na vizinhança, os pesquisadores usaram um índice que mede a qualidade da moradia, educação e renda.
- No entanto, os próprios cientistas reconhecem que mais pesquisas são necessárias para entender melhor o impacto destes determinantes sociais para a saúde.
- As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Alzheimer’s & Dementia: Diagnosis, Assessment & Disease Monitoring.

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Populações de bairros mais pobres apresentam desempenho cognitivo menor
Durante o experimento, a equipe comparou indivíduos diagnosticados com as doenças com pessoas sem estas condições. O objetivo era entender como o estado cognitivo atual de uma pessoa afeta a relação entre seu ambiente e sua saúde.
No total, 537 pacientes participaram do estudo. Os cientistas encontraram uma relação entre bairros menos favorecidos e pressão arterial e índice cardiometabólico mais altos, bem como pontuações cognitivas mais baixas.

Os pesquisadores explicaram que esses bairros estão relacionados a níveis mais altos de hemoglobina A1C, que mede o nível de açúcar no sangue, em pessoas com comprometimento cognitivo leve diagnosticado.
Segundo o estudo, as “descobertas mostram que viver em um bairro de baixa renda tem um impacto maior na saúde cardíaca e na função cerebral em pessoas sem problemas cognitivos preexistentes. A conclusão é acompanhada da sugestão de implementar mudanças estruturais para abordar os determinantes sociais da saúde para mitigar os riscos cardiometabólicos e cognitivos.