O que é hemorragia intracraniana, condição que fez Lula passar por cirurgia

O presidente está bem e não ficará com nenhuma sequela, ficando em observação na UTI pelas próximas 48 horas
Alessandro Di Lorenzo10/12/2024 11h45
Presidente Lula com a mão no queixo
Imagem: Focus Pix/Shutterstock
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O presidente Lula passou por uma cirurgia de emergência na madrugada desta terça-feira (10). Segundo o boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês, o petista está bem e não ficará com nenhuma sequela. Ele deve ficar em observação na UTI pelas próximas 48 horas.

De acordo com os médicos, após Lula passar por ressonância magnética, foi identificada uma hemorragia intracraniana. A condição está relacionada ao acidente domiciliar que o presidente sofreu há pouco mais de um mês, no dia 19 de outubro, quando bateu a cabeça após um escorregão.

Sangramento causava pressão no cérebro

A hemorragia intracraniana é caracterizada por um sangramento que ocorre na parte de dentro do crânio. No caso de Lula, ele estava entre o cérebro e a meninge, embaixo de uma membrana chamada dura mater. O acúmulo de sangue comprimia o cérebro e, por isso, precisou ser removido a partir de um procedimento chamado de craniotomia.

Presidente estava com acúmulo de sangue entre o cérebro e a meninge (Imagem: Monet_3k/Shutterstock)

As causas mais comuns desta condição são rompimentos de vasos sanguíneos, mas o quadro também pode ser causado por pancadas na cabeça após quedas ou outros acidentes. Segundo os médicos, uma batida na cabeça, como a sofrida pelo presidente, pode romper pequenas veias. Com o tempo, o sangue se acumula e forma um hematoma.

Os principais sinais de hemorragia intracraniana são: dor de cabeça progressiva; vômito; mal-estar e perda de consciência; tontura e vertigem; confusão mental; pupilas dos olhos de diferentes tamanhos; dificuldade para falar; e perda de movimento e paralisia.

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Lula passou por uma craniotomia

  • Os médicos afirmam que é necessário procurar atendimento imediatamente em caso de hemorragia intracraniana.
  • No caso de Lula, a equipe removeu parte da calota craniana para retirar o sangue acumulado, uma operação conhecida como craniotomia.
  • A cirurgia envolve abrir um pedacinho do osso para aspirar o coágulo.
  • Para isso, são feitas pequenas perfurações no crânio, onde são introduzidos drenos.
  • Elas se fecham sozinhas e não precisam de nenhum outro procedimento complementar.
  • Os pacientes que passam por esta cirurgia costumam ter uma recuperação ótima e não há qualquer tipo de sequelas.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.