Google fecha acordo para uso de energia eólica em data centers de IA

A ideia do Google é criar parques de energia eólica que serão responsáveis por abastecer a demanda dos data centers de IA
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 11/12/2024 11h16, atualizada em 11/12/2024 20h51
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O boom da inteligência artificial abriu diversas possibilidades, mas também trouxe uma preocupação ambiental. Isso porque o aumento da quantidade de data centers significa uma elevação considerável da demanda por energia.

O principal temor dos ambientalistas é de que o avanço da IA atrasasse ou até inviabilizasse o processo de substituição dos combustíveis fósseis por formas mais limpas de geração de energia. Mas uma boa notícia acaba de chegar.

Investimentos em energia eólica

  • O Google anunciou uma parceria com as empresas de energia Intersect Power e de investimentos TPG Rise Climate.
  • O acordo prevê o investimento de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões) para a criação de parques de energia eólica nos Estados Unidos.
  • Os espaços serão destinados a gerar energia limpa para os data centers de IA.
  • O primeiro deles deve entrar em operação até 2026.
Parques de energia eólica serão responsáveis por abastecer data centers (Imagem: engel.ac/Shutterstock)

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Objetivo é acelerar o processo de transição energética do Google

Apesar da importância do anúncio, poucos detalhes de como funcionará esta parceria foram revelados. Não há informações, por exemplo, sobre a quantidade de parques de energia eólica que serão construídos ou a capacidade de geração de energia deles.

Também não sabemos quantos data centers poderiam ser abastecidos por estes espaços, bem como onde eles seriam instalados. Há a possibilidade de investimentos também em outras matrizes energéticas, como a energia solar.

Para realizar o potencial da IA, o crescimento da demanda de eletricidade deve ser atendido com fontes de energia novas e limpas. A escala da IA apresenta uma oportunidade para repensar completamente o desenvolvimento de um data center.

Amanda Peterson Corio, chefe global de energia do data center do Google
google data center
Data centers do Google precisam de grandes quantidades de energia (Imagem: Shutterstock/Marieke Kramer)

A ideia é que a Intersect Power desenvolva e opere as usinas de geração de energia limpa. Já os data centers do Google seriam instalados no mesmo local ou nas proximidades, aproveitando ao máximo a produção da energia.

O acordo tem como objetivo acelerar o processo de transição energética da big tech. Desde 2019, a pegada de carbono do Google cresceu 48%, apesar da meta estabelecida de reduzir a emissão de gases de efeito estufa pela metade até o final da década.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.