CEO do TikTok tem reunião com Trump enquanto tenta evitar banimento nos EUA

O banimento do TikTok nos EUA está previsto para entrar em vigor em 19 de janeiro, um dia antes da posse de Trump para seu segundo mandato
Pedro Spadoni17/12/2024 11h54
Celular com logotipo do TikTok na tela na frente de monitor com foto do CEO do TikTok, Shou Zi Chew
CEO diz que plataforma seguirá defendendo liberdade de expressão dos usuários (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)
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O CEO do TikTok, Shou Zi Chew, teve uma reunião com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida, na segunda-feira (16), segundo a CBS News. A reunião ocorreu enquanto a rede social tenta evitar seu banimento iminente do país.

O banimento da rede social nos EUA está previsto para entrar em vigor em 19 de janeiro, um dia antes da posse de Trump para seu segundo mandato. A lei, aprovada no início de 2024, determina que o TikTok seja vendido pela chinesa ByteDance, sob a alegação de preocupações com possíveis vínculos com o governo da China – algo negado tanto pela empresa quanto pela plataforma.

O TikTok entrou com um pedido emergencial ao Supremo Tribunal dos EUA, solicitando um pequeno adiamento da proibição. A empresa argumenta que o atraso permitiria uma análise mais aprofundada da lei e daria espaço para que a futura administração revisasse a questão. Além disso, a rede social alertou que a proibição causaria “dano irreparável” à empresa e seus usuários.

Bandeira dos EUA, com o logo do TikTok à frente e um ícone de bloqueio à sua frente
O TikTok entrou com pedido emergencial ao Supremo Tribunal dos EUA para adiar banimento, mas solicitação foi negada (Imagem: salarko/Shutterstock)

A decisão do tribunal de apelações federal, emitida no início de dezembro, rejeitou a tentativa do TikTok de reverter a proibição (você pode se aprofundar nesta matéria do Olhar Digital). O tribunal enfatizou que a lei resultou de ampla ação bipartidária no Congresso e do apoio de sucessivas administrações presidenciais, destacando preocupações com a segurança nacional.

Apesar de ter apoiado a proibição durante seu primeiro mandato, Trump agora se opõe à medida. Ele justificou sua mudança de postura afirmando que uma proibição beneficiaria o Facebook, plataforma que ele acusa de ter contribuído para sua derrota nas eleições de 2020.

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Trump apoiou o banimento do TikTok dos EUA no seu primeiro mandato, mas agora se diz contra (Imagem: Evan El-Amin/Shutterstock)

Durante uma entrevista coletiva, Trump reconheceu o impacto do TikTok em sua campanha, mencionando que a plataforma ajudou a ampliar seu apoio entre jovens eleitores. Ele afirmou que ganhou essa faixa etária “por 34 pontos” e sugeriu que o TikTok teve papel significativo nesse resultado (você pode assistir o trecho da coletiva clicando aqui).

A batalha legal do TikTok prossegue, enquanto a empresa tenta evitar uma proibição que pode afetar milhões de usuários nos Estados Unidos. O resultado dessa disputa dependerá, em parte, da resposta do Supremo Tribunal e da postura que a nova administração de Trump adotará após a posse em 2025.

Pedro Spadoni
Redator(a)

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.