Sol lança jato de plasma superveloz – a Terra pode ser atingida?

O jato de plasma solar, que foi registrado pela NASA, atingiu velocidades impressionantes estimadas entre 1.964 e 3.161 km/s
Por Flavia Correia, editado por Lucas Soares 18/12/2024 17h58, atualizada em 19/12/2024 21h05
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Na terça-feira (17), o Sol disparou uma ejeção de massa coronal (CME) – uma vasta pluma de plasma e campo magnético – extremamente rara do lado oculto. 

Atingindo uma velocidade estimada entre 1.964 e 3.161 km/s, a CME foi registrada pelo Banco de Dados de Notificações, Conhecimento e Informação (DONKI) da NASA. Essa erupção ocorreu na face do Sol não voltada para a Terra. 

Enquanto CMEs mais lentas normalmente levam de dois a três dias para chegar à Terra, caso o evento de terça tivesse sido direcionado ao planeta, teria chegado em menos de 18 horas.

Lado invisível do Sol lançou quatro CMEs em dez dias

Essa foi a quarta CME disparada do lado oculto do Sol em um período de apenas 10 dias, sugerindo a presença de uma mancha solar extremamente ativa, ainda não visível. De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, essa mancha pode ser vista em breve e gerar novas erupções, com maior probabilidade de afetar a Terra na próxima semana. 

Leia mais:

Além desta, duas outras CMEs ocorreram na noite passada, originadas de erupções de filamentos solares localizadas no limbo sudeste do Sol – e também não direcionadas à Terra. Os filamentos solares são nuvens de gás ionizado acima da superfície do astro. Quando esses filamentos se tornam instáveis, eles podem cair de volta na estrela ou se lançar ao espaço em uma explosão, liberando uma CME. 

Instalado no Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), da NASA em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA), o coronógrafo Lasco é responsável por capturar imagens da coroa solar. O instrumento capturou uma visão detalhada das CMEs geradas pelas erupções de filamentos solares. 

A segunda CME, em particular, se destacou pela estrutura impressionante durante a erupção. As observações desses eventos são essenciais para entender os potenciais impactos das CMEs no clima espacial e nas tempestades geomagnéticas que podem afetar a Terra.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.