Estudo sobre o Alzheimer pode melhorar detecção precoce da doença

Estudo examinou biomarcadores de sangue e foi capaz de apontar novas perspectivas para a detecção precoce da doença
Leandro Costa Criscuolo20/12/2024 06h44
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Imagem: Orawan Pattarawimonchai/Shutterstock
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Pesquisadores do Karolinska Institutet, maior centro de pesquisa médica em Estocolmo, Suécia, investigaram como os biomarcadores plasmáticos emergentes se relacionam com os testes de diagnóstico usados na prática clínica e se os dados de coortes de pesquisa se aplicam ao mundo real.

O estudo, publicado na eBioMedicine, examina biomarcadores de sangue promissores para a doença de Alzheimer (DA), que estão mostrando alta precisão em pesquisas, mas cujas associações com a patologia ainda não estão completamente claras.

Detalhes do estudo

  • Com a recente recomendação da EMA para um medicamento que retarda a progressão do Alzheimer, a necessidade de testes para identificar estágios iniciais da doença, antes de danos irreversíveis, é maior.
  • Na doença, proteínas tau alteradas se acumulam no cérebro, danificando as células nervosas.
  • O estudo analisou dados de pacientes com queixas de memória, associando biomarcadores plasmáticos com testes diagnósticos padrão e estágios biológicos da doença.
Os gráficos acima mostram a diferença média não padronizada para os biomarcadores plasmáticos entre os grupos A+/A−, T+/T− e N+/N− (Imagem: eBioMedicine)

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Os resultados mostraram que biomarcadores plasmáticos (exceto o NfL) estavam ligados ao acúmulo de amiloide no cérebro, especialmente o pTau217, que foi identificado como um marcador duplo de patologias amiloide e tau.

“Essas descobertas estão em linha com outras pesquisas recentes sobre esse tópico e se somam ao corpo emergente de evidências de que o plasma pTau217 é um marcador duplo de patologia amiloide e tau”, diz a Dra. Marina Bluma, pesquisadora de pós-doutorado no Departamento de Neurobiologia, Ciências do Cuidado e Sociedade e primeira autora do estudo.

“Ao contrário desses biomarcadores, os níveis aumentados de NfL foram mais indicativos de atrofia cerebral e idade avançada”, concluiu a cientista.

No entanto, outros biomarcadores não explicaram completamente a variação observada nos pacientes. Este estudo fornece percepções sobre a aplicabilidade dos biomarcadores emergentes no diagnóstico clínico, com potencial para melhorar a detecção precoce e o tratamento da doença de Alzheimer.

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Estudo pode ser importante para melhorar a detecção precoce e o tratamento do Alzheimer – Imagem: Roman Bodnarchuk/Shuttersotck
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.