Medicina e Saúde

Cirurgia inédita com uso de robôs é realizada no Brasil

Um procedimento inédito foi realizado no Hospital Santa Isabel, em Blumenau, em Santa Catarina. Uma mulher trans de 31 anos foi submetida a uma cirurgia de redesignação sexual com o uso de tecnologia robótica.

A operação levou mais de 5 horas e a paciente teve alta três dias depois. Segundo a equipe médica, ela está sem dor e não apresentou queixas pós-operatório. Natural de Belo Horizonte, a mulher permaneceu em Blumenau para se recuperar e realizar uma avaliação médica.

Cirurgia só havia sido realizada fora do país

  • De acordo com a equipe da Transgender Center Brazil, responsável pelo procedimento, este foi o primeiro procedimento com a técnica no país.
  • Os médicos informaram que a paciente relatou pouca pele na região genital para o forramento do canal vaginal na operação de redesignação.
  • Para resolver a questão, foi escolhida a técnica peritoneal via robótica, que só havia sido realizada fora do país.
  • Por se tratar de algo delicado, o uso do robô dá mais precisão nos movimentos e a recuperação é muito mais rápida, por ser um método menos invasivo.
  • As informações são do G1.
Ilustração de uma sala de cirurgia com um braço robô (Imagem: MAD.vertise/Shutterstock)

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Técnica pode ganhar mais espaço no Brasil

A cirurgia consiste em retirar parte do peritônio, membrana que reveste a parede abdominal, que é bem fina e resistente, e implantá-la na cavidade vaginal. O resultado é um ganho de profundidade vaginal, sem impactos na estética da paciente.

Enquanto a vagina de inversão peniana chega a 15 centímetros, a técnica peritoneal pode chegar de 20 a 22 centímetros, porque o forramento da vagina é mais extenso pelo peritônio. Por isso é usada para quem tem pouca pele, ou já teve complicações em outras cirurgias.

Cirurgia é mais precisa e menos invasiva (Imagem: Inside Creative House/Shutterstock)

A partir do uso da tecnologia do robô, aperfeiçoada nos Estados Unidos, foi possível conciliar as duas ações essenciais da cirurgia: a parte estética e o procedimento abdominal. A expectativa é que a técnica ganhe mais espaço no Brasil no futuro, gerando uma verdadeira revolução nas cirurgias de redesignação sexual.

Esta post foi modificado pela última vez em 26 de dezembro de 2024 14:01

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Publicado por
Alessandro Di Lorenzo