Tesouro misterioso é encontrado em cemitério viking na Noruega

Algumas das joias e moedas desenterradas são originárias de lugares distantes, comprovando a importância do comércio na era viking
Alessandro Di Lorenzo27/12/2024 07h21
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Imagem: Museu Universitário de Bergen
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Arqueólogos localizaram joias e moedas de diversas regiões da Europa em três sepulturas vikings escavadas na Noruega. Além disso, foi desenterrada do local uma pedra esculpida no formato de uma genitália feminina.

As sepulturas, todas as quais pareciam pertencer a mulheres, foram encontradas na costa oeste da Noruega por detectores de metais. Eles datam do início dos anos 800 d.C., durante a Era Viking.

As mulheres provavelmente eram estrangeiras

  • Algumas das joias e moedas desenterradas são originárias de lugares distantes, como a Irlanda, Inglaterra e o Império Franco, que cobria grande parte da Europa Ocidental na época.
  • O mais impressionante foi uma moeda rara do sul da Dinamarca estampada com um barco viking de um lado e um veado do outro.
  • A descoberta revela o comércio de longa distância e a migração que ocorriam nas sociedades daquele período.
  • Segundo os pesquisadores, as mulheres enterradas provavelmente eram estrangeiras que se casaram com homens vikings.
  • As informações são do Live Science.
Uma das joias encontradas no cemitério (Imagem: Museu Universitário de Bergen)

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A costa oeste da Noruega pode ter sido um ponto de passagem para os viajantes, o que explica a presença de estrangeiros na região. Uma das mulheres foi enterrada com pedras na forma de um barco de quatro metros de comprimento para acompanhá-la à vida após a morte.

No local onde estaria o mastro da embarcação, os arqueólogos encontraram uma pedra em forma de vulva, que pode ter sido usada para simbolizar a mulher enterrada na sepultura. É possível que ela não tenha sido enterrada lá e que a sepultura fosse um memorial sem corpo.

Moeda rara estampa barco viking (Imagem: Museu Universitário de Bergen)

Também foram encontrados materiais usados para a fabricação de lã e outros tecidos, bem como uma chave de bronze. As descobertas sugerem que as mulheres pertenciam a classes sociais mais altas, uma vez que a fabricação de produtos têxteis era considerada uma atividade de prestígio e a chave só poderia pertencer a uma chefe de família.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.