Nem sempre os anos tiveram a mesma quantidade de dias. Imagem: Iuliia Pilipeichenko/Shutterstock
Um ano dura 365 dias, com exceção dos anos bissextos, com 366. Este cálculo leva em conta o período que demora para a Terra dar uma volta completa em torno do Sol, movimento conhecido como translação.
Mais especificamente, toda essa volta leva 365 dias, 5 horas, 45 minutos e 46 segundos. E é justamente por isso que existem anos com um dia a mais (para compensar os números “quebrados” e deixar tudo em perfeita harmonia).
Mas, como explicar esse fenômeno?
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Antes do calendário juliano ser introduzido por Júlio César (que depois foi substituído pelo calendário gregoriano, que usamos até hoje), o ano era contado de forma muito diferente. Os meses de março, maio, julho e outubro tinham 31 dias cada. Os outros eram mais curtos, com 29 dias. A exceção, como sempre, era fevereiro e seus 28 dias.
O resultado disso foi que o calendário da época ficou totalmente fora de sincronia em relação ao movimento de translação. Para se ter uma ideia, em 200 a.C., um eclipse quase total ocorreu no dia 11 de julho. No entanto, segundo o calendário atual, isso teria acontecido em 14 de março: quase quatro meses de diferença!
Foi todo este cenário que provocou uma grande anomalia em 46 a.C. O ano teve incríveis 445 dias, se tornando o mais longo da história humana e recebendo o nome de annus confusionis, ou o “ano da confusão”.
Essas imperfeições foram corrigidas no ano seguinte, 45 a.C., quando foram adicionados mais dias para todos os meses, exceto fevereiro. Isso elevou para o total atual de 365 dias.
Ainda foram inseridos dois meses entre novembro e dezembro, na tentativa de adequar ainda mais o calendário com a movimentação orbital do planeta, mas essa medida foi abandonada logo no ano seguinte. As informações são do IFLScience.
Esta post foi modificado pela última vez em 24 de janeiro de 2025 09:52