IA detecta problemas cardíacos antes dos primeiros sintomas aparecerem

A inteligência artificial usa um algoritmo para analisar o histórico do paciente e calcular os riscos de desenvolvimento de doença cardíaca
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Pedro Spadoni 03/01/2025 09h04, atualizada em 24/01/2025 09h51
ataque cardíaco
Imagem: Theerani lerdsri/Shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Um novo modelo de inteligência artificial (IA) pode ajudar a combater uma doença cardíaca que afeta de 2 a 4% da população mundial. Atualmente, a IA passa por uma fase de testes. No entanto, os resultados preliminares são considerados promissores.

Desenvolvida por cientistas e médicos da Universidade de Leeds e do Leeds Teaching Hospitals NHS Trust, ambos no Reino Unido, a ferramenta calcula o risco de um paciente desenvolver fibrilação atrial. O mais impressionante é que isso acontece antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas.

IA analisa histórico do paciente e calcula os riscos

  • O algoritmo foi treinado para encontrar sinais de alerta que indicam que a pessoa corre risco de desenvolver a condição;
  • Para isso, a tecnologia leva em conta uma série de fatores, como idade, sexo, etnia;
  • Além disso, ela calcula os riscos relacionados a problemas de saúde anteriores, incluindo insuficiência cardíaca, pressão alta, diabetes, doença cardíaca isquêmica e doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • Segundo os médicos, o uso da IA pode aumentar o número de pacientes diagnosticados com fibrilação atrial em estágio inicial;
  • Isso é fundamental para que o tratamento comece o quanto antes, reduzindo os riscos relacionados à condição, como derrames;
  • As informações são da BBC.
IA ajuda a prever riscos relacionados a problemas cardíacos (Imagem: metamorworks/Shutterstock)

Leia mais

O que é fibrilação atrial?

A condição é uma arritmia cardíaca que se caracteriza por um ritmo irregular e acelerado dos batimentos cardíacos. Esta doença afeta os átrios, as cavidades superiores do coração, fazendo com que se contraiam sem ritmo

Os sintomas incluem palpitações, fraqueza, intolerância ao esforço, dispneia e pré-síncope. Ela pode causar complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e até alterações cognitivas

Fibrilação atrial afeta de 2 a 4% da população mundial (Imagem: Shutterstock/Lightspring)

Não existe uma cura para a fibrilação atrial. Mas alguns medicamentos podem deixá-la sob controle. Além disso, mudanças no estilo de vida podem reduzir as complicações. As mais indicadas são: praticar atividade física regularmente e manter boa alimentação. Evitar cigarro e uso excessivo de bebidas alcoólicas, frituras e açúcar também ajuda.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Pedro Spadoni
Redator(a)

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.