A Nvidia tem grandes planos para a CES 2025 e já começou a revelar alguns deles. A empresa de chips anunciou uma expansão na integração do sistema Omniverse para aplicações de IA física, como robótica, IA de visão e veículos autônomos. Segundo a companhia, as novidades já estão em uso e ajudarão a acelerar a próxima era da IA industrial.
Na prática, as ferramentas poderão mudar a forma como empresas do setor industrial operam na hora de testar e implementar inovações.

Nvidia anuncia expansão do Omniverse
O Omniverse é uma plataforma de serviços que permite aos desenvolvedores integrar facilmente tecnologias de renderização, como RTX, usada nos chips. O anúncio da NVIDIA inclui uma tecnologia chamada Blueprints, voltada para uso de IA nas empresas, e expansão de modelos de IA generativa para possibilitar a integração do Omniverse com produtos de IA física.
Segundo a empresa, líderes globais, como Accenture e Microsoft, já estão usando os serviços do Omniverse. A companhia de automação industrial Siemens, por exemplo, também aproveitou a CES 2025 para anunciar a integração de serviços próprios com a Nvidia.
Jensen Huang, CEO da Nvidia, explicou a importância da integração:
“A IA física vai revolucionar os setores de manufatura e logística, que valem US$ 50 trilhões. Tudo o que se move – de carros e caminhões a fábricas e depósitos – será robótico e incorporado pela IA. O sistema operacional de gêmeos digitais do NVIDIA Omniverse e a IA física do Cosmos servirão como as bibliotecas fundamentais para a digitalização das indústrias físicas do mundo.”

Nvidia anunciou outros serviços
A Nvidia também anunciou quatro novos Blueprints na CES 2025. A tecnologia é voltada para empresas e cria workflows de trabalho usando IA. A novidade, agora, são atualizações que facilitam a vida na hora de criar gêmeos digitais (modelos virtuais de objetos físicos) dentro do Omniverse.
A companhia deu exemplos do que o serviço inclui e para que são úteis.
- Mega, equipado com as APIs Omniverse Sensor RTX. O sistema ajuda no desenvolvimento e testes de frotas de robôs em escala, em gêmeos digitais de fábricas ou depósitos industriais antes da implantação em instalações no mundo real;
- Simulação de veículos autônomos, também equipada pelas APIs Omniverse Sensor RTX. Isso permite que os desenvolvedores revejam os dados de condução, gerem novos dados reais e executem testes para acelerar o desenvolvimento;
- Omniverse Spatial Streaming para o Apple Vision Pro. Na prática, ajuda os desenvolvedores a criarem aplicações para streaming imersivo de gêmeos digitais industriais em grande escala;
- Cursos Learn OpenUSD gratuitos, que podem ajudar os desenvolvedores a criarem mundos baseados no OpenUSD mais rápido do que nunca.
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Qual a importância dos anúncios?
Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina, destacou a importância da expansão do Omniverse da IA generativa física da empresa como um marco para a digitalização da indústria.
Isso porque, na prática, as ferramentas mudam a forma como as companhias do setor industrial podem criar, simular e operar em suas respectivas áreas, desde manufatura até logística e automação industrial. Basicamente, os novos recursos conectam o mundo físico e digital, criando novas possibilidades de se trabalhar.
Algumas empresas já estão adotando os serviços A Accenture, por exemplo, está usando a ferramenta Mega para ajudar a companhia alemã Kion, de cadeia de suprimentos, a criar depósitos autônomos e frotas robóticas para armazenamento e distribuição. Já a Katana Studio está usando a ferramenta de streaming do Omniverse para criar configurações de carros personalizados para a Nissan e Volkswagen.