A disputa tecnológica entre China e Estados Unidos tem tudo para aumentar ainda mais em 2025. No entanto, empresas do setor estão se unindo para tentar minimizar os impactos de novos sanções impostas pela Casa Branca.
O Conselho da Indústria de Tecnologia da Informação, representando empresas como a Amazon, a Microsoft e Meta, fez um pedido ao presidente Joe Biden para que não anuncie uma nova regra que supostamente controlaria o acesso global a chips de inteligência artificial. As big techs alertam que estas restrições colocariam em risco a liderança dos EUA no setor.
Empresas dos EUA temem perder parte do mercado de IA
Segundo a Reuters, a nova medida, que poderia ser anunciada ainda nesta semana, prevê a imposição de restrições à capacidade das empresas norte-americanas de vender sistemas de computação no exterior. Segundo as companhias, isso obrigaria que elas cedessem sua participação no mercado global aos concorrentes (especialmente chineses).
Um dos principais objetivos da nova regra é impedir que a IA potencialize as capacidades militares da China. Apesar de ser benéfica para a segurança nacional, muitos analistas apontam para os riscos potenciais da ação pensando na liderança global dos EUA.

Nos últimos dias, a Associação da Indústria de Semicondutores e a Oracle também emitiram comunicados criticando a possibilidade de novas restrições. Nem o Departamento de Comércio nem a Casa Branca se pronunciaram oficialmente sobre a situação.
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Disputa pela hegemonia tecnológica mundial
- Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
- O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
- Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
- Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
- Neste cenário, uma possível diminuição dos investimentos e até da produção de chips em Taiwan poderia prejudicar o movimento da Casa Branca, beneficiando os rivais chineses, que já buscam alternativas a partir da valorização da indústria doméstica.