Alexandre de Moraes também responde Mark Zuckerberg sobre mudanças na Meta

O ministro do STF Alexandre de Moraes comentou sobre falas de Mark Zuckerberg no anúncio do encerramento da checagem de fatos na Meta
Pedro Spadoni09/01/2025 09h56, atualizada em 10/01/2025 08h03
Montagem com fotos do ministro do STF Alexandre de Moraes e do CEO da Meta, Mark Zuckerberg
(Imagem: Focus Pix e Frederic Legrand - COMEO / Shutterstock)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes comentou sobre falas do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, ao anunciar o encerramento da checagem de fatos nas plataformas da big tech. “As redes sociais não são terra sem lei“, disse o ministro.

A empresa anunciou, na terça-feira (07), que vai encerrar seu programa de verificação de fatos, começando pelos EUA. No lugar, as redes sociais da Meta terão “notas da comunidade” – espaço onde usuários corrigem informações das postagens. É um recurso inspirado numa prática que pegou no X (antigo Twitter).

No Brasil, [redes sociais] só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira. Independentemente de bravatas de dirigentes irresponsáveis das big techs.

Ministro do STF Alexandre de Moraes sobre mudanças recentes na política da Meta

O ministro também afirmou que as plataformas digitais contribuíram para disseminar discursos de ódio e movimentações golpistas que culminaram nos ataques à Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. A fala ocorreu na quarta-feira (08), durante cerimônia para marcar os dois anos dos ataques, segundo o G1.

Mudança na política da Meta levanta preocupações sobre aumento de desinformação e circulação de fake news

O Palácio do Planalto e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) observam com apreensão o alinhamento da Meta com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump – reforçado pelas mudanças recentes na política da big tech.

Celular com logomarca da Meta na tela colocado em cima de teclado de notebook
Mudanças na política da Meta preocupa especialistas e autoridades (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

“Essa decisão não auxilia a democracia e o respeito à diversidade. É um retrocesso para a humanidade”, diz um ministro do TSE ouvido pela coluna da Malu Gaspar no jornal O Globo. A decisão mencionada pelo ministro diz respeito ao encerramento do programa de fact-checking e à remoção de restrições de conteúdo sobre temas como imigração e gênero (saiba mais nesta matéria do Olhar Digital).

Ainda de acordo com a coluna, as mudanças recentes na Meta provoca temores no Planalto e no TSE de retrocesso no enfrentamento à circulação de fake news nas plataformas.

Esse foi justamente o assunto da coluna Fala AI da edição de terça do Olhar Digital News. Confira abaixo o que Roberto “Pena” Spinelli, físico pela USP com especialidade em Machine Learning por Stanford e pesquisador na área de IA, falou sobre:

Leia mais:

Outras reações

meta apps
Diversas autoridades comentaram sobre mudanças na política da Meta para suas redes sociais (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

A Comissão Europeia – órgão vinculado à União Europeia (UE) – e o ministro-chefe da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, também comentaram sobre as falas de Zuckerberg no anúncio das mudanças na política da Meta.

  • Ao falar sobre o encerramento do programa de checagem de fatos da Meta, o CEO da big tech, Mark Zuckerbergcriticou práticas da Europa e da América Latina (numa referência velada ao Brasil) voltadas para moderação de conteúdo;
  • Em relação ao Velho Continente, Zuckerberg disse que suas leis “institucionalizaram a censura”. Já sobre a América Latina, o CEO afirmou que “Cortes secretas” obrigam empresas a derrubarem conteúdos.

Confira as respostas da Europa e do Brasil sobre as falas de Zuckerberg nesta matéria do Olhar Digital.

Pedro Spadoni
Redator(a)

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.