Mudanças na Meta: O que vai poder aparecer no Instagram, Facebook, Threads
(Imagem: Tada Images/Shutterstock)
A Meta atualizou suas políticas para moderação de conteúdo nas suas plataformas (Instagram, Facebook, Threads) nesta semana. Entre as mudanças, estão o encerramento do programa de checagem de fatos da empresa e a remoção de restrições para postagens.
A big tech também atualizou suas políticas relacionadas aos “Padrões da Comunidade” – conjunto de regras usadas para proibir a circulação de tipos de conteúdo nas suas redes sociais. E mudanças bem significativas ocorreram em relação ao que a Meta considera como “conduta de ódio“.
Como mudanças nas diretrizes da Meta podem impactar seus feeds no Instagram, Facebook, Threads
Afinal, o que as mudanças da Meta significam na prática para os usuários? O que antes não podia aparecer nos feeds das redes da Meta e agora pode? O Olhar Digital te ajuda a entender. A empresa:
Permite “alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, considerando discursos políticos e religiosos sobre transgenerismo e homossexualidade, bem como o uso comum e não literal de termos como ‘esquisito’”;
Permite conteúdo que argumenta a favor de “limitações baseadas em gênero para cargos militares, policiais e de ensino”; também permite “o mesmo conteúdo com base na orientação sexual, quando o conteúdo é baseado em crenças religiosas”;
O que significa: abriu espaço para pessoas que desejam postar, por exemplo, que mulheres não deveriam servir no exército ou que homens não deveriam ser permitidos a ensinar matemática por causa de seu gênero;
Meta anunciou mudanças significativas nas suas políticas de moderação de conteúdo (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)
Ampliou permissões para conversas sobre exclusão social – agora, a empresa afirma que “as pessoas às vezes usam linguagem exclusiva de sexo ou gênero ao discutir o acesso a espaços frequentemente limitados por sexo ou gênero, como o acesso a banheiros, escolas específicas, funções militares, policiais ou de ensino específicas, e grupos de saúde ou apoio”;
Até então, essa exceção estava disponível apenas para discussões sobre manter grupos de saúde e apoio limitados a um único gênero.
Removeu proibição de conteúdo direcionado a pessoas com base em suas “características protegidas” (raça, etnia, identidade de gênero), quando combinadas com “alegações de que possuem ou espalham o coronavírus”;
O que significa: agora usuários podem acusar, por exemplo, pessoas chinesas de serem responsáveis pela pandemia de Covid-19;
Removeu da “conduta de ódio” frase na qual se observava que discursos de ódio podem “promover violência offline”;
Contexto: A Meta admitiu, em 2018, que sua plataforma tinha sido usada para incitar violência contra minorias religiosas em Mianmar após mobilização de grupos de direitos humanos;
O que não mudou: a proibição de conteúdo que possa “incitar violência iminente ou intimidação”.
Apesar de anunciar mudanças significativas nas suas diretrizes, Meta manteve regras antigas voltadas para moderação de conteúdo (Imagem: Ink Drop/Shutterstock)
A versão atual das diretrizes da Meta mantém proibições sobre negação do Holocausto, blackface, insinuações de que judeus controlam a mídia. E proíbe comparar pessoas negras a “equipamentos agrícolas”.
A Meta também manteve sua lista de características protegidas. Entre elas, estão:
Afiliação religiosa;
Casta;
Deficiência;
Doenças graves;
Etnia;
Identidade de gênero;
Nacionalidade (no sentido de: país onde a pessoa nasceu);
Orientação sexual;
Raça;
Sexo.
A big tech também manteve sua política de “proteger migrantes, imigrantes e solicitantes de asilo” de ataques considerados “mais severos” – por exemplo: conteúdo direcionado a pessoas ou grupos de pessoas com base em suas características protegidas ou status migratório.
Continua proibido chamar imigrantes, bem como pessoas em grupos de “características protegidas”, de insetos, animais, patógenos ou “outros seres sub-humanos”, assim como alegar que são criminosos ou imorais.
Esta post foi modificado pela última vez em 15 de janeiro de 2025 14:10
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