O DeepMind, empresa de inteligência artificial do Google, está formando uma equipe para trabalhar em um dos objetivos mais ambiciosos na área de IA. A ideia é desenvolver sistemas capazes de compreender e replicar o mundo físico.
Conhecidos como modelos mundiais, eles funcionam a partir de um algoritmo capaz de criar uma representação interna do mundo físico. É como se a tecnologia obtivesse um meio de prever eventos futuros e compreender como as coisas interagem no mundo real.
IA Geral representaria uma nova revolução tecnológica
- Vamos pensar num exemplo simples.
- Um modelo generativo tradicional pode reconhecer que uma bola de basquete está quicando, mas não tem ideia do motivo pelo qual isso está acontecendo.
- Já um modelo mundial pode analisar o rebote e compreender as leis físicas por trás dele: o peso da bola, a força aplicada, a gravidade.
- Basicamente, esses algoritmos buscam replicar a intuição humana, aquela capacidade de raciocinar sobre o mundo com base no conhecimento implícito e na experiência anterior.
- Esses sistemas são considerados fundamentais para alcançar a IA Geral, ou seja, uma inteligência artificial que pode realizar qualquer tarefa intelectual no nível dos humanos (ou até melhor).

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DeepMind tem concorrência pesada
Para atingir este objetivo, o DeepMind começou a recrutar os melhores engenheiros e investigadores. As ofertas de emprego são focadas em especialistas em treinamento de modelos generativos em grande escala, curadoria de dados e sistemas de linguagem multimodais.
Mas a empresa do Google tem concorrência. Diversas organizações tecnológicas já têm apostado em modelos mundiais e nos seus aplicativos. É o caso do World Labs, uma startup cofundada por pesos pesados como Fei-Fei Li e Justin Johnson. Por outro lado, a Nvidia já apresentou o Cosmos, a sua nova plataforma que combina modelos generativos avançados para criar sistemas de IA capazes de operar veículos autónomos e robôs em ambientes físicos complexos.

Os especialistas concordam que o avanço da tecnologia não só melhorará a capacidade das máquinas interagirem com o seu ambiente, mas também lhes permitirá executar tarefas com precisão e eficiência comparáveis (ou superiores) às dos seres humanos. No entanto, existem algumas discussões sobre os limites éticos e os perigos que esse avanço pode trazer para a humanidade.