A experiência de compra de veículos elétricos superou mais uma vez as demais categorias, atingindo níveis recordes de satisfação, segundo o levantamento “Car Buyer Journey 2024”, da Cox Automotive, empresa especializada em soluções para o mercado automotivo.
Entre os 2.310 entrevistados, 82% disseram que estão “muito satisfeitos” com a aquisição de um elétrico, superando os 76% de híbridos e 75% de carros com motor a combustão. Desse total, 1.552 adquiriram modelos novos; e outros 758, usados.
Desde 2020, a satisfação com elétricos tem se superado ano após ano, com rara exceção: em 2020, era de 76%; 2021, 75%; 2022, 80%; 2023, 80%; e 2024, 82%.

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Qual é o diferencial?
Facilidades digitais impulsionaram o registro recorde, incluindo o agendamento do test drive, acesso às informações na internet, revisão de contrato, financiamentos e entrega do veículo a domicílio. Essa estratégia de venda é conhecida como “omnichannel”.
“Eu tive melhor acesso a ferramentas e informações on-line, tornando mais fácil comparar opções e conseguir um bom negócio. O processo da concessionária foi mais tranquilo e mais eficiente dessa vez”, disse um dos compradores.
“A satisfação entre os compradores de novos EVs excede os compradores de híbridos e ICE (sigla para “motores de combustão interna”) tradicionais, pois os compradores de veículos eletrificados tendem a ser mais engajados online e adotam uma abordagem omnicanal para a compra”, avaliou o estudo.

Outras descobertas
Em 2024, o processo de compra de veículos novos levou mais de 13 horas e meia em 2024, com mais tempo gasto na fase de pesquisa e descoberta. Ou seja, permaneceu praticamente inalterado em relação ao ano anterior.
Além disso, os compradores de carros novos relataram uma taxa recorde de 75% de satisfação com a experiência geral de compra, com marca histórica de 81% no trabalho prestado por concessionárias.
No mercado de usados, no entanto, houve uma queda de dois pontos percentuais na comparação com a pesquisa do último ano, atingindo a marca de 75%. Estoque limitado e alta dos preços são apontados como os principais fatores para a queda do índice.