(Imagem: Deemerwha studio / Shutterstock.com)
Uma pesquisa liderada pelo geofísico RJ Graham, da Universidade de Chicago, revelou que o aquecimento natural do Sol, à medida que envelhece, poderá impactar o delicado ciclo de carbono e a vida na Terra. Isso resultará em uma drástica redução do dióxido de carbono atmosférico, essencial para a sobrevivência das plantas.
Apesar desse futuro sombrio, o estudo aponta que a extinção das plantas e, consequentemente, da vida animal, pode ser adiada por até 1,86 bilhão de anos, um número que supera as previsões anteriores. O estudo foi publicado no The Planetary Science Journal.
O estudo detalhou que as plantas C3, que representam a maioria da flora terrestre, como árvores e arbustos, serão as primeiras a desaparecer devido à redução de eficiência na fotossíntese sob condições mais quentes e brilhantes. Isso abrirá espaço para as plantas C4, como a cana-de-açúcar e o milho, que são mais resistentes, dominarem os ecossistemas por cerca de 500 milhões de anos antes de também sucumbirem.
A redução da vegetação acarretará uma queda drástica nos níveis de oxigênio, o que comprometerá toda a cadeia alimentar, afetando também os animais. Ainda assim, micro-organismos anaeróbicos podem sobreviver até que o Sol atinja um ponto em que as águas dos oceanos comecem a evaporar, marcando o fim definitivo da biosfera terrestre.
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Apesar dos avanços, os cientistas alertam que os modelos utilizados não consideram variáveis como o ciclo da água e os efeitos das nuvens, que poderiam alterar as projeções da vida na Terra. Estudos futuros com simulações mais complexas serão necessários para refinar essas previsões, segundo os pesquisadores.
Por fim, a pesquisa sugere que, caso a vida seja comum em outros planetas, esses cálculos poderão ser testados em observações futuras de bioassinaturas em planetas extrasolares.
Esta post foi modificado pela última vez em 14 de janeiro de 2025 21:40