No final do ano passado, Honda, Nissan e Mitsubishi anunciaram um acordo que prevê a fusão das marcas. O processo deve levar dois anos até ser completamente finalizado e formará o terceiro maior grupo automobilístico do mundo, atrás apenas de Toyota e Volkswagen.
Estamos falando de um negócio de US$ 58 bilhões (cerca de R$ 354 bilhões), com potencial de produção de quase oito milhões de veículos. Mas o que levou as tradicionais montadoras japonesas a decidirem pela união?
As vantagens da parceria
O principal objetivo da fusão é concorrer com as montadoras chinesas. No final de dezembro, o CEO da Honda, Toshihiro Mibe, observou o seu desejo de “construir capacidades para lutar” contra as empresas de Pequim até 2030, afirmando que, “caso contrário, seremos derrotados”.
A Honda está olhando para a Nissan como uma forma de reduzir os custos em torno de futuros veículos definidos por software (SDV). A empresa também está interessada nos veículos maiores da parceira, aumentando o catálogo de modelos que pode ser oferecido para os clientes no futuro.

Já para a Nissan, que enfrenta uma grave crise, entrar na parceria pode significar uma reviravolta nas contas. Apesar disso, os envolvidos afirmam que a intenção não é “salvar” a empresa, e sim fazer uma adaptação drástica no ambiente da montadora.
A Mitsubishi, por sua vez, pode se beneficiar de uma rede de distribuição muito maior para seus carros, mas também corre o risco de perder sua identidade de uma forma geral. As informações são da The Verge.
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Maior fusão entre montadoras da história do Japão
- O que se sabe até agora é que as companhias vão operar por meio de uma holding ainda sem nome definido, mas com a Honda assumindo o papel principal.
- Não está claro, por outro lado, se Nissan e Mitsubishi manteriam sua estrutura organizacional ou se farão parte de uma única empresa com o nome Honda.
- Já a Renault, proprietária de cerca de um terço da Nissan, afirma que “vai considerar todas as opções pensando no melhor interesse do grupo e seus acionistas”, indicando que não fará parte do acordo.
- Se concluída esta será a maior fusão entre empresas da história do Japão.