Azul e Gol oficializam fusão – veja o que muda

O acordo foi firmado pelas empresas aéreas após aprovação pela Anac e pelo Cade, mas a operação conjunta só deve iniciar em 2026
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 16/01/2025 10h40
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Imagem: divulgação/Azul e Matheus Obst/Shutterstock
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Azul e a Gol assinaram um memorando de entendimento que estabelece a fusão das companhias aéreas. O acordo foi firmado após aprovação pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A previsão é que o processo seja finalizado em até um ano, com o início da operação conjunta em 2026. Apesar da fusão, as marcas continuarão existindo separadamente, com os aviões de cada empresa podendo efetuar um o voo da outra.

Acordo depende do processo de recuperação judicial da Gol

  • O negócio depende do cumprimento de algumas condicionantes.
  • A principal delas é a conclusão do processo de recuperação judicial da Gol nos EUA, o chamado Chapter 11.
  • A renegociação com os credores é considerada fundamental para a redução do nível de endividamento da companhia.
  • Pelos termos do memorando, a alavancagem das duas empresas juntas não poderá ser maior do que a da Gol após essa renegociação.
  • Caso isso não ocorra, a fusão será cancelada.
Gol ainda precisa resolver sua situação financeira (Imagem: Miguel Lagoa/Shutterstock)

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Fusão deve oferecer novos trechos de viagens

A ideia é que as duas empresas tenham a mesma participação, mas, diante das dificuldades financeiras da Gol, ficou estabelecido que ela terá, no mínimo, 10% das ações da nova empresa. Essa participação dependerá do capital resultante após a recuperação nos EUA.

Mesmo assim, o modelo de governança foi definido para que o comando seja compartilhado. Isso significa que o CEO será definido pela Azul (já se sabe que será John Rodgerson) e o presidente do conselho de administração será indicado pela Abra, a holding de investidores que controla a Gol e a Avianca.

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Azul definirá CEO da nova empresa criada (Imagem: Thiago B Trevisan/Shutterstock)

O conselho terá nove integrantes: três indicados pela Azul, três pela Gol e outros três independentes indicados pelos demais acionistas e chancelados pelos controladores. Nenhum novo investimento será feito, com a fusão envolvendo apenas os ativos disponíveis atualmente

A expectativa é que, com o acordo, a conectividade aumentará. Devem ser oferecidos trechos operados a partir de grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, para destinos afastados no Norte, Centro-Oeste ou Nordeste por meio de uma única conexão e jatos menores da Embraer.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

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