Fósseis de um dinossauro gigante com chifre destruídos em um bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial pertenciam a uma espécie inédita, apontam os autores de um estudo publicado na PLOS One. A descoberta só foi possível graças a uma série de fotos até então desconhecidas e armazenadas na Universidade de Tubinga, na Alemanha.
Entenda:
- Em 1914, fósseis de um dinossauro gigante foram encontrados no deserto ocidental do Egito;
- 30 anos depois, na Segunda Guerra Mundial, os espécimes foram destruídos em um bombardeio;
- Um novo estudo finalmente conseguiu identificar a espécie à qual pertenciam os fósseis – e tudo graças a fotos até então desconhecidas;
- As imagens ajudaram os pesquisadores a determinar algumas características fundamentais do dinossauro, como um chifre;
- Chamada de Tameryraptor markgrafi (ou “ladrão da terra prometida”), a nova espécie habitava o Egito há 95 milhões de anos e podia alcançar 10 metros de comprimento.

Em comunicado, a Coleção Estatal de Paleontologia e Geologia da Baviera (BSPG) revelou que os fósseis foram encontrados em 1914 no Bahariya, oásis do deserto ocidental do Egito, e mantidos na coleção da BSPG. Em 1944, porém, os artefatos foram destruídos em um incêndio provocado por um bombardeio na Segunda Guerra Mundial.
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Fotos ajudaram a identificar fósseis de dinossauro gigante
Inicialmente, acreditava-se que os fósseis pertenciam ao terópode Carcharodontosaurus. Mas a análise das fotos recém-descobertas mostrou que o espécime misterioso possuía características não encontradas nesse gênero – como um chifre. “Quanto mais olhávamos, mais diferenças encontrávamos”, disse Maximilian Kellermann, autor principal do estudo, ao Live Science.

Por fim, a nova espécie recebeu o nome de Tameryraptor markgrafi – que combina os termos Ta-Mery (ou “terra prometida”) e raptor (latim para “ladrão”), e homenageia Richard Markgraf, colecionador de fósseis responsável por escavar o dinossauro gigante em 1914.
De acordo com a equipe, o T. markgrafi habitava o Egito há 95 milhões de anos e podia alcançar 10 metros de comprimento, sendo apontado como um dos maiores carnívoros terrestres conhecidos até então.