Algoritmos do X sob investigação: o que Musk está escondendo?

A investigação, iniciada em dezembro, exige que o X entregue informações detalhadas sobre como seu algoritmo modera e amplifica conteúdo
Gabriel Sérvio17/01/2025 19h10
Silhueta de Elon Musk como logo do X ao lado
X (antigo Twitter) anunciou encerramento das atividades no Brasil (Imagem: kovop/Shutterstock)
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A Comissão Europeia intensificou sua investigação sobre o X, de Elon Musk, exigindo a divulgação de documentos internos sobre o algoritmo de recomendação do antigo Twitter.

A medida ocorre em meio a preocupações crescentes sobre a influência da plataforma na política europeia, especialmente após Musk ter manifestado apoio ao partido de extrema-direita alemão.

O que sabemos sobre a nova investigação envolvendo o X

  • A investigação, iniciada em dezembro, exige que o X entregue informações detalhadas sobre como seu algoritmo modera e amplifica conteúdo, além de documentos sobre as recentes mudanças em suas recomendações;
  • A Comissão também emitiu uma “ordem de retenção” para garantir que quaisquer alterações futuras no algoritmo sejam documentadas;
  • A pressão sobre a X aumentou após políticos alemães reclamarem que a plataforma estaria promovendo conteúdo da extrema-direita antes das eleições no país, marcadas para 23 de fevereiro;
  • O chanceler alemão, Olaf Scholz, criticou duramente o apoio de Musk ao AfD, classificando-o como “completamente inaceitável”.
Celular com logomarca do X, antigo Twitter, em cima de teclado de notebook
Investigação aumenta a pressão sobre Musk e levanta questões sobre transparência e o papel das plataformas digitais no debate político. (Imagem: sdx15/Shutterstock)

A Comissão Europeia negou que a investigação tenha sido motivada por eventos específicos. No entanto, um porta-voz admitiu que a solicitação de documentos ajudará a “monitorar os sistemas em torno de todos esses eventos que estão ocorrendo”.

Leia mais:

Henna Virkkunen, chefe digital da Comissão, afirmou que a União Europeia está comprometida em garantir que todas as plataformas online operando no bloco respeitem a legislação, que visa “tornar o ambiente online justo, seguro e democrático para todos os cidadãos europeus”.

O X ainda não se pronunciou sobre a ordem da Comissão Europeia.

Com informações do Financial Times

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.