O Google respondeu a uma nova legislação da União Europeia, que exige que as plataformas incluam verificações de fatos nos resultados de pesquisa e vídeos do YouTube. As informações são do Axios.
A gigante da tecnologia afirmou que não implementará essas verificações, alegando que elas não seriam “apropriadas ou eficazes” para seus serviços. A legislação em questão faz parte do Código de Práticas de Desinformação da Comissão Europeia, que busca combater a desinformação online.
Para cumprir os regulamentos, o Google precisaria adicionar verificações de fatos em seus resultados de pesquisa e no YouTube, além de incorporá-las nos sistemas de classificação e algoritmos.
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Google tem falhado em recomendações com IA
- Em sua resposta, Kent Walker, presidente de assuntos globais do Google, mencionou o “potencial significativo” das notas contextuais geradas por usuários no YouTube, uma funcionalidade semelhante ao programa de Notas da Comunidade do X, antigo Twitter.
- No entanto, o Google enfrenta críticas recorrentes por imprecisões em seus resumos de IA, que já foram apontadas em exemplos como recomendações erradas e informações incorretas sobre figuras históricas.
- A empresa parece relutante em fazer mudanças no seu algoritmo, o que poderia impactar seus lucros.
Essa postura do Google segue uma tendência maior observada em outras grandes plataformas de tecnologia.
Recentemente, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou mudanças em suas políticas, que incluem o fim das verificações de fatos e a redução da moderação em suas plataformas como Facebook, Instagram e Threads.
A mudança de abordagem, que parece ser uma resposta ao modelo adotado pelo Twitter de Elon Musk com o Community Notes, reflete uma postura mais permissiva quanto ao conteúdo gerado pelos usuários, com as empresas adotando uma abordagem de “não é problema nosso” em relação à desinformação online.
