Musk, Zuckerberg e Altman: CEOs das big techs ficam na primeira fila na posse de Trump

Trump tomou posse nesta segunda-feira com executivos e líderes das big techs em posição de destaque
Vitoria Lopes Gomez20/01/2025 18h16
Donald Trump com o punho direito erguido
(Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)
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Donald Trump tomou posse como novo presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20) e afirmou em discurso que “trará de volta a liberdade de expressão”. Na primeira fila da cerimônia, CEOs e fundadores das big techs, como Elon Musk (X e Tesla), Mark Zuckerberg (Meta) e Sam Altman (OpenAI), estiveram em destaque.

Teve espaço até para Shou Zi Chew, CEO do TikTok, rede social que foi banida dos EUA no domingo (19) e contou com ajuda de Trump para voltar a funcionar apenas um dia depois.

Logos de big techs
Big techs se aproximaram de Trump desde campanha presidencial (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Big techs tiveram destaque na posse de Trump

Além de Musk (aliado de Donald Trump desde a campanha para presidência), Zuckerberg, Altman e Zi Chew, Tim Cook (CEO da Apple), Jeff Bezos (fundador e ex-CEO da Amazon) e Sundar Pichai (CEO do Google) também estiveram na primeira fila da cerimônia. Os líderes das big techs ficaram à frente de outras figuras importantes do governo, como ministros e secretários.

Dentre os nomes do setor de tecnologia, Musk foi o primeiro a se unir a Trump, com mais de US$ 250 milhões investidos na eleição. Na atual gestão, ele assumirá o Departamento de Eficiência Governamental ao lado de Vivek Ramaswamy. A dupla será responsável por cortas gastos públicos tidos como desnecessários.

Mas ele não é o único. No final do ano, Zuckerberg passou a se encontrar com o republicano e, segundo a FOX News, afirmou que “desejava apoiar a renovação nacional da América sob a liderança do presidente Trump”. O CEO da Meta e Jeff Bezos doaram, cada um, US$ 1 milhão para a campanha presidencial.

A posição de destaque dos CEOs e executivos mostra a aproximação de Trump com as big techs – que deve continuar durante o mandato.

Silhuetas de Donald Trump e Elon Musk; ao fundo, a bandeira dos Estados Unidos
Musk foi um dos primeiros apoiadores de Trump na campanha presidencial (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Volta da “liberdade de expressão”

Ao lado dos chefões das big techs, Trump afirmou que traria de volta a liberdade de expressão e acabaria com “a censura contra a liberdade na América”. Ele não trouxe provas da possível “censura”.

O republicano sempre se posicionou de forma contrária à checagem de fatos nas redes sociais e, inclusive, já foi expulso do X pelo compartilhamento de informações falsas. Atualmente, o X não conta mais com checagem de fatos, mas sim um sistema de notas da comunidade.

Zuckerberg fez o mesmo nas redes sociais da Meta: anunciou recentemente que Instagram e Facebook não contam mais com moderação de conteúdo profissional, e optou pelo mesmo sistema de notas da comunidade. A medida foi vista como um aceno a Trump.

Ao fundo, rosto de onald Trump desfocado; à frente, logo do TikTok em um smartphone
Trump teve papel importante na volta do TikTok nos EUA (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

Leia mais:

Trump e o TikTok

  • A Suprema Corte dos Estados Unidos aprovou a lei banindo o TikTok em abril do ano passado. A suspensão entrou em vigor neste domingo, 19 de janeiro.
  • No entanto, ao lado de Elon Musk, Donald Trump se mostrou contrário à decisão e se mobilizou para viabilizar a operação da rede social nos EUA;
  • Também nesta segunda-feira, ele afirmou que pretende achar um acordo com a plataforma para controlar a rede social de forma igualitária com a China. Saiba mais aqui.
  • O TikTok passou algumas horas fora do ar nos EUA, mas já está voltando a funcionar. O perfil da empresa agradeceu Trump em publicação no X.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.