Novo cabo submarino vai ligar EUA e Cingapura

Projeto que quer criar o primeiro sistema de cabos submarinos que conecta diretamente Cingapura à costa oeste dos Estados Unidos
Alessandro Di Lorenzo24/01/2025 12h37
Cabo submarino
Imagem: Vismar UK/Shutterstock
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Os cabos submarinos são fundamentais para manter a comunicação na Terra. Estas estruturas são responsáveis ​​pela transferência de 99% de todos os dados digitais do mundo e, atualmente, existem mais de um milhão de quilômetros delas espalhadas em todos os oceanos do nosso planeta.

Mas não pense que isso é o bastante. Um projeto que quer criar o primeiro sistema que conecta diretamente Cingapura à costa oeste dos Estados Unidos acaba de receber aprovação pelas autoridades norte-americanas.

Cabo submarino terá 20 mil quilômetros de extensão

O Bifrost Cable System é um projeto conjunto entre a Keppel, a subsidiária da Meta Platforms Inc., Edge Cable Holdings USA LLC e a PT Telekomunikasi Indonesia International. A expectativa é que o cabo submarino esteja pronto no segundo semestre de 2025.

Cabos submarinos
Cabos submarinos são fundamentais para transferência de dados (Imagem: Afa/Shutterstock)

O sistema terá mais de 20 mil quilômetros de extensão e vai ligar os EUA e Cingapura via Indonésia, através do Mar de Java e do Mar de Celebes. O custo total da obra é de US$ 760 milhões (quase R$ 4,5 bilhões).

De acordo com os responsáveis pelo empreendimento, o Bifrost “aumentará significativamente a posição estratégica de Cingapura como o principal centro digital da Ásia, bem como apoiará a economia digital em rápido crescimento da região”.

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Mapa mostra como o Bifrost Cable System conectará os dois países (Imagem: reprodução/Keppel)

Projeto vai diminuir dependência chinesa

  • O Bifrost Cable System é o primeiro sistema de cabos submarinos que liga o Sudeste Asiático aos EUA a ser aprovado nos últimos oito anos.
  • O objetivo é reforçar a parceria entre os norte-americanos e Cingapura, fazendo oposição ao crescimento da China na região.
  • Além disso, o novo sistema diminuiria a dependência dos chineses.
  • Originalmente, o projeto estava programado para ser concluído no segundo trimestre do ano passado, mas acabou sendo adiado devido ao mau tempo e às dificuldades para obter algumas licenças.
  • As empresas garantem que todos estes obstáculos já foram superados.
  • As informações são da Bloomberg.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.