Siga o Olhar Digital no Google Discover
A combustão de detritos lenhosos é a principal causa da piora da qualidade do ar em períodos de incêndios na Amazônia e no Cerrado, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira (27) pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
Ofertas
Por: R$ 34,09
Por: R$ 285,00
Por: R$ 1.299,90
Por: R$ 56,90
Os cientistas analisaram dados coletados por satélites na temporada de queimadas nos dois biomas no ano de 2020. Todos os detalhes foram considerados: tipos de combustível, condições de umidade e comportamento de queima.
Ao analisarem os resultados, os cientistas descobriram que os restos de madeira representam 75% do total de biomassa viva e morta queimada. Isso contribuiu para emissões desproporcionalmente altas de poluentes atmosféricos, de acordo com o artigo.
Na prática, os incêndios florestais na Amazônia consumiram cerca de 372 milhões de toneladas de biomassa seca naquele ano, resultando na emissão de 40 milhões de toneladas de monóxido de carbono.

Leia mais:
- 10 sites e apps para conferir a previsão do tempo e condições climáticas
- Como conferir qualidade do ar pelo celular
- Brasil teve aumento expressivo no número de focos de incêndio em 2024
Por que isso importa para os incêndios na Amazônia?
- Na avaliação da ESA, a descoberta é crucial para compreender as características das emissões de incêndios, auxiliando pesquisas sobre os ciclos globais de carbono, qualidade do ar e biodiversidade;
- “Demonstramos como a queima de madeira morta, especialmente em áreas de florestas tropicais, resulta em combustão latente que produz significativamente mais monóxido de carbono do que incêndios em ecossistemas de savana. Esse entendimento é crucial para melhorar os inventários de emissões de incêndios e os modelos climáticos globais”, disse Matthias Forkel, da TUD e principal autor do artigo;
- O estudo faz parte do projeto internacional Sense4Fire, liderado pela Universidade de Tecnologia de Dresden (TUD) (Alemanha) em colaboração com o Instituto Meteorológico Real da Holanda (KNMI), BeZero Ltd. e outros institutos;
- “As descobertas destacam o impacto significativo dos detritos lenhosos na intensificação das emissões de incêndios e, portanto, da poluição do ar em áreas propensas a incêndios, como a floresta amazônica e as savanas do Cerrado, onde o desmatamento e os incêndios causados pelo homem estão se tornando mais frequentes”, afirmou Stephen Plummer, cientista de aplicações de observação da Terra da ESA.
