Bill Gates defende taxação de robôs – entenda os motivos

De acordo com Gates, empresas que substituem mão de obra humana por robôs devem pagar taxas por essa substituição
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 04/02/2025 14h32, atualizada em 05/02/2025 20h56
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Os robôs estão cada vez mais tecnológicos e há quem defenda que eles, em breve, poderão substituir grande parte da mão de obra humana. É claro que não é tão simples assim e que existem muitas discussões sobre os impactos da medida no mercado de trabalho.

De qualquer forma, precisamos estar prontos para esta possível realidade. E, neste sentido, os dispositivos precisariam se integrar a uma série de regras já existentes. O cofundador da Microsoft, Bill Gates, por exemplo, defende a taxação sobre robôs.

Ideia é gerenciar os impactos sociais da inovação

De acordo com Gates, empresas que substituem mão de obra humana por máquinas devem pagar taxas por essa substituição. O empresário aborda este delicado tema publicamente desde, pelo menos, 2017, apresentando algumas sugestões interessantes.

Ele faz uma comparação: se um trabalhador humano que ganha US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil) anualmente é taxado, por que um robô que realiza o mesmo trabalho não precisaria pagar uma taxa semelhante? As informações são da Forbes.

Bill Gates
Gates defende que empresas paguem taxas pelo uso de robôs (Imagem: Alexandros Michailidis/Shutterstock)

A ideia de Gates é usar a receita gerada por tais impostos para financiar programas sociais, retreinar trabalhadores deslocados e criar novos empregos em áreas que exigem empatia humana, como cuidados com idosos e educação. O cofundador da Microsoft deixa claro que não quer punir a inovação, mas sim gerenciar seus impactos sociais.

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Robôs devem assumir diversas funções no mercado de trabalho no futuro (Imagem: IM Imagery/Shutterstock)

Estamos prontos para a era dos robôs?

  • Estudos sugerem que os robôs podem trazer uma nova era de eficiência e redução de custos, permitindo que as pessoas se concentrem em atividades mais criativas e significativas.
  • Apesar disso, diversos setores, como manufatura, cuidados com idosos, agricultura, educação e áreas médicas, enfrentam o risco de perdas expressivas de postos de trabalho devido à automação.
  • O rápido avanço da tecnologia, combinado com a escassez de debates públicos sobre seus impactos, aponta para possíveis mudanças profundas na sociedade.
  • Conflitos relacionados à automação já se manifestam em negociações trabalhistas, com acordos que buscam equilibrar a introdução de tecnologias semiautônomas e a preservação de empregos.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.