Startup cria reator nuclear que pode revolucionar detecção de câncer

Invenção inovadora pode ser resposta para atender a crescente demanda por isótopos nucleares para diagnóstico médico
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Ana Luiza Figueiredo 06/02/2025 17h08
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Imagem: Astral Systems
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Com o aumento das taxas de câncer no Ocidente e no mundo, a demanda por isótopos nucleares para diagnóstico médico também cresce. No entanto, muitos reatores construídos nas décadas de 70 e 80 estão sendo desativados, tornando esses materiais mais raros e caros.

Para resolver esse problema, a startup britânica Astral Systems, cofundada por Talmon Firestone e Dr. Tom Wallace-Smith, desenvolveu uma tecnologia inovadora chamada fusão multiestado (MSF) em “reatores compactos”, que são pequenos o suficiente para caber em uma mesa comum, como mostra o TechCrunch.

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Criação da e startup pode trazer solução mais eficiente e acessível para o diagnóstico de câncer – Imagem: Shutterstock/angellodeco

Startup usa descoberta da NASA

  • A Astral recebeu um investimento de £ 4,5 milhões, liderado pela Speedinvest (Áustria) e Playfair (Reino Unido), para comercializar a tecnologia MSF, que promete maior eficiência e menor custo do que os reatores tradicionais.
  • A tecnologia usa a fusão de confinamento de rede (LCF), uma descoberta da NASA, permitindo densidades de combustível 400 milhões de vezes maiores que os métodos convencionais.
  • A empresa também vê potencial para essa tecnologia em áreas como energia nuclear híbrida, exploração espacial e aplicações industriais.

Dr. Tom Wallace-Smith explicou que, ao contrário dos reatores centralizados tradicionais, sua abordagem permitirá a produção de isótopos nucleares diretamente em unidades industriais ou até mesmo em hospitais, reduzindo a dependência de locais de produção centralizados.

A Astral já estabeleceu três instalações comerciais de fusão e está gerando receitas. A rodada de investimentos também contou com a participação de investidores anjos, como Oliver Buck e Pete Hutton.

Logo da NASA
Tecnologia de fusão multiestado, que usa método da NASA, pode aumentar a produção de isótopos nucleares – Imagem: SNEHIT PHOTO/Shutterstock
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.