Governo derruba 11,5 mil sites de apostas ilegais

Ministério da Fazenda também autuou 51 influenciadores digitais que promoveram publicidade de casas ilegais no Brasil
Por Bruna Barone, editado por Ana Luiza Figueiredo 10/02/2025 19h06, atualizada em 04/03/2025 08h40
Celular com lista de bets que funcionam no Brasil em cima de notas de 100 reais
(Imagem: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock)
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A Anatel bloqueou mais de 11,5 mil sites de apostas ilegais desde que as novas regras para o setor de bets entraram em vigor no Brasil. A lista foi elaborada pelo Ministério da Fazenda em setembro do ano passado e repassada à agência de telecomunicações.

Até agora, o país tem 153 marcas autorizadas a explorar o serviço, segundo o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, que concedeu uma entrevista coletiva sobre o assunto nesta segunda-feira (10), como relata o g1.

O governo realizou 75 ações de fiscalização para apurar se as empresas têm seguido as novas diretrizes. Cada marca pode atuar com mais de um site de apostas desde que pague outorgas, o que já rendeu R$ 2,1 bilhões aos cofres públicos.

Governo vai editar 14 normas para aumentar transparência das bets (Imagem: diegograndi/iStock)

Ao mesmo tempo, o governo editou 11 portarias que buscam regulamentar o setor e outros 14 atos normativos serão publicados em breve para aprimorar o controle do mercado e garantir transparência nas movimentações.

O Ministério da Fazenda já recebeu 349 pedidos de autorização de empresas que pretendem operar serviços de bets no Brasil, sendo 326 em 2024 e outros 23 neste ano.

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Governo quer ouvir a população sobre apostas

Uma consulta pública vai discutir a regulação das apostas e cassinos online com foco em regras de publicidade, fiscalização e monitoramento de transações financeiras. O governo também busca contribuições sobre maneiras de evitar vícios em jogos de azar.

Mão estendida quase alcançando celular com jogo do tigrinho aberto
Influenciadores digitais entram na mira do Ministério da Fazenda (Imagem: rafapress/Shutterstock)

“Esse momento é um momento em que, em vez de pura e simplesmente publicar uma agenda regulatória, a gente traz pontos para consulta. Para que todos e todas tenham oportunidade de dizer o que pensam”, afirmou o secretário na coletiva.

Influenciadores digitais também estão na mira do governo para garantir a legalidade do setor. Até o momento, 51 personalidades foram autuadas por fazerem publicidade de plataformas sem autorização para operar no Brasil, de acordo com Dudena.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.