O ritmo lento das vendas de veículos elétricos da Porsche na Europa levou a montadora a rever 1.900 postos de trabalho em fábricas na Alemanha, segundo o site INSIDEEVS. A empresa já havia anunciado outras duas rodadas de negociação, afetando 2.000 trabalhadores.
Até 2029, a Porsche vai reduzir o número de empregos em 15% em instalações montadas nas cidades de Zuffenhausen e Weissach, de acordo com a reportagem. A medida afeta fábricas responsáveis pela produção do sedã Porsche Taycan e do crossover Macan EV.
O quadro de funcionários vem sendo reduzido por meio de medidas voluntárias, como aposentadoria antecipada e pacotes de indenização. A montadora também vai adotar uma “abordagem restritiva” para novas contratações.

“Agora é uma questão de definir o curso em um estágio inicial e analisar de perto os ajustes que precisamos fazer para sermos bem-sucedidos no futuro”, disse a empresa à Euronews. “Além de uma série de outras medidas, isso também inclui custos de pessoal.”
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Vendas em queda
O ano de 2024 não foi promissor para a Porsche: as vendas na China tiveram uma retração de 28% na comparação com 2023. Globalmente, a queda foi de 3%, com a entrega de 310.718 veículos — no caso do modelo Taycan EVs, as vendas caíram 49%.

A fabricante de carros esportivos informa que o investimento será direcionado para novos motores a combustão, híbridos e até para baterias – embora os elétricos ainda não tenham decolado como previsto.
Os aportes previstos estão na casa dos US$ 831 milhões. As margens de lucro deverão ficar entre 10 e 12%, abaixo da meta de longo prazo de 20%.
No ano passado, a Volkswagen, empresa controladora da Porsche, fez um acordo com líderes sindicais para minimizar o impacto das demissões na Alemanha. A montadora planeja cortar 35.000 empregos no país até 2030, com o objetivo de economizar cerca de € 15 bilhões.