Tratamento para condição sanguínea rara é aprovada no Brasil

Anticorpo monoclonal crovalimabe é indicado para jovens com HPN a partir de 13 anos com peso corporal mínimo de 40 kg
Por Bruna Barone, editado por Ana Luiza Figueiredo 14/02/2025 06h00
imagem abstrata tinta vermelha como sangue
Imagem: Freepik
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A Anvisa aprovou o registro de uma nova medicação indicada para o tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), condição sanguínea rara. O anticorpo monoclonal crovalimabe é indicado para jovens a partir de 13 anos com peso corporal mínimo de 40 kg.

Fabricado pela Roche, esse é o primeiro tratamento subcutâneo de baixo volume, administrado a cada quatro semanas, disponível no país para essa condição, segundo a Agência Brasil. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União no dia 6 de fevereiro.

No Brasil, a HPN afeta 3,5 mil pessoas e outras 20 mil no mundo. A taxa de mortalidade da condição severa da doença é de 35% quando não tratada.

Condição pode levar ao quadro de anemia e outras complicações (Imagem: Shidlovski/iStock)

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O que é hemoglobinúria paroxística noturna?

A HPN é uma doença genética do sangue que leva à degradação dos glóbulos vermelhos (‘hemólise’) causando anemia e danos aos glóbulos vermelhos. Os sintomas mais comuns são: cansaço, dores de cabeça, dificuldade para respirar, menos apetite, dificuldade de exercício ou concentração e dor de estômago ou peito.

De acordo com a farmacêutica, o HPN é tratado com medicamentos chamados inibidores C5 (eculizumabe ou ravulizumabe), que reduzem a destruição das células sanguíneas. No entanto, esse tratamento significa infusões por gotejamento ao longo da vida na veia.

Doença genética degrada glóbulos vermelhos (Imagem: jitendrajadhav/iStock)

“O crovalimabe também é um inibidor de C5, mas é administrado por injeção subcutânea a cada quatro semanas. Crovalimabe pode ser administrado por você mesmo, por um cuidador em casa, por um cuidador ou por seu médico”, explica o laboratório.

O remédio já foi aprovado por autoridades sanitárias do Japão, Estados Unidos e Reino Unido, além dos Emirados Árabes Unidos e do Catar. Agora, a empresa estuda se o mesmo medicamento pode ser usado no tratamento da síndrome hemolítico-urêmica atípica e da anemia falciforme.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.