O Google e o governo da Polônia assinaram um memorando com investimentos para criar ferramentas de inteligência artificial que, futuramente, possam minimizar ações de sabotagem e ataques cibernéticos atribuídos à Rússia.
O acordo foi fechado nesta semana pelo presidente-executivo do Google e da Alphabet, Sundar Pichai, e o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, e envolve os setores de energia, segurança cibernética e outras áreas.
De acordo com a agência AP, a Polônia passou a ser alvo de ataques depois que reduziu sua dependência de combustíveis russos, uma das principais consequências da invasão coordenada pelo Kremlin na Ucrânia, que já dura quatro anos.
Os detalhes do memorando não foram divulgados, mas o Google se comprometeu a investir US$ 5 milhões nos próximos cinco anos para expandir programas de treinamento e aumentar as habilidades digitais de um milhão de poloneses.
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Segundo Pichai, a Polônia se tornou o maior centro de engenharia do Google, com mais de 2.000 funcionários, desde as primeiras operações em 2014. Os investimentos em IA generativa podem impulsionar o PIB do país europeu em 8% nos próximos 10 anos, de acordo com estimativas da empresa.
As cifras, no entanto, foram criticadas pela imprensa local, ponderando que o montante anunciado pela big tech equivale a menos de 0,3% da receita do Google na Polônia em 2023. Na prática, são US$ 5 por polonês, como destaca essa jornalista.
Polônia quer atrair empresas de tecnologia
O primeiro-ministro polonês adiantou que vai anunciar na semana que vem um acordo envolvendo a Microsoft. A empresa americana também prometeu oferecer treinamento gratuito em IA para um milhão de pessoas.
No ano passado, o presidente da Microsoft, Brad Smith, declarou que o país é “o lugar para fazer seu negócio crescer”, e que a Polônia em particular tem a oportunidade de se estabelecer como um “Vale da IA”.
Em 2020, a companhia anunciou o primeiro centro de dados na região, com investimento de US$ 1 bilhão na Polônia. Um ano depois, o Google abriu um novo centro de dados em nuvem de US$ 2 bilhões em Varsóvia com o objetivo de fazer da cidade a “capital da nuvem da Europa”.
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