Tratamento é promissor (Imagem: Jarun Ontakrai/Shutterstock)
A ouabaína, hormônio presente em mamíferos e extraído de plantas, tem se mostrado promissor no combate ao vírus Zika, causador de distúrbios neurológicos, principalmente em fetos.
Historicamente usada como veneno de flecha na África Oriental e como esteroide cardiotônico, a ouabaína tem sido empregada para tratar insuficiência cardíaca e outras condições.
Nos últimos anos, estudos têm revelado suas propriedades terapêuticas, como ação anti-inflamatória, anticancerígena e antiviral, com foco no tratamento do Zika.
Apesar de promissora, a ouabaína apresenta desafios para seu uso clínico. Embora ainda seja utilizada em alguns países para tratar doenças cardíacas, ela não é mais aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nem pela Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, devido à sua toxicidade em doses altas.
Para contornar esses riscos, pesquisadores estão desenvolvendo versões modificadas da substância com menor toxicidade, que mantêm seus efeitos terapêuticos.
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Além disso, estudos sugerem que o exercício físico intenso pode aumentar a produção natural de ouabaína no organismo, o que poderia ser estratégia mais segura de prevenção contra infecções virais.
Transformar a ouabaína em tratamento contra o Zika, especialmente para gestantes e fetos, exige mais testes, devido à necessidade de protocolos de segurança rigorosos.
No entanto, a pesquisa está avançando e os cientistas continuam trabalhando para que a ouabaína, ou suas versões modificadas, se tornem alternativa viável e eficaz para combater o vírus Zika e suas complicações.
Esta post foi modificado pela última vez em 18 de fevereiro de 2025 04:13