Mate XT: Huawei lança smartphone triplo fora da China

Marca vem tentando driblar os efeitos das sanções impostas pelos Estados Unidos com dispositivos de última geração
Por Bruna Barone, editado por Ana Luiza Figueiredo 18/02/2025 17h15, atualizada em 18/02/2025 17h16
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Estrutura adota materiais fluidos não newtonianos (Imagem: Huawei/Divulgação)
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A Huawei lançou nesta terça-feira (18) seu smartphone triplo fora da China: o Mate XT. O preço inicial será de US$ 3.660 (R$ 20,8 mil), mas ainda não há informações sobre os países contemplados pela nova linha. Segundo a CNBC, o celular já está listado para venda na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos.

Lançado pela primeira vez no ano passado para consumidores chineses, o aparelho chamou atenção por ser o primeiro telefone trifold, com dois pontos nos quais pode ser dobrado para exibir conteúdo em uma tela única, dupla ou tripla.

O painel de resolução 3K tem 10,2 polegadas quando aberto por inteiro, mas também funciona em formato compacto de 6,4 polegadas ou com apenas duas telas, chegando a 7,9 polegadas.

Painel de resolução 3K tem 10,2 polegadas quando aberto por inteiro (Imagem: Huawei/Divulgação)

A estrutura adota materiais fluidos não newtonianos (que não sofrem deformação) e vidro UTG grande (desenvolvido para uso em aparelhos dobráveis), o que torna a tela 30% mais resistente a impactos, segundo a marca.

O sistema operacional é o EMUI 14.2, da própria Huawei, que não suporta aplicativos nativos da Google desde 2019 por sanções aplicadas pelo governo. O smartphone vendido internacionalmente terá 16 GB de RAM e 1 TB de armazenamento interno.

A Huawei também promete uma nova experiência com fotografias: a lente ultra-wide de 12 MP oferece um zoom óptico de 5,5 vezes e zoom digital de 50 vezes. Já a bateria de 5.600 mAh é dividida em três unidades, cada uma inserida em uma tela.

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Sistema operacional é o EMUI 14.2, da própria Huawei (Imagem: Huawei/Divulgação)

Aposta para aquecer vendas

A Huawei vem tentando driblar os efeitos das sanções impostas pelos Estados Unidos há alguns anos com dispositivos de última geração. Em 2024, a participação da empresa no mercado internacional subiu para 17%; em 2023, era de 12%, segundo a CNBC.

O grande desafio do novo modelo será a ausência de aplicativos oferecidos pela Google Play Store. A marca chinesa está proibida de fechar parcerias com companhias sediadas nos Estados Unidos após uma ordem assinada por Donald Trump ainda no primeiro mandato alegando suspeita de espionagem.

Quase um terço dos componentes dos produtos da Huawei são originários dos EUA. À época, Joy Tan, vice-presidente sênior de relações públicas da companhia, afirmou que a proibição prejudicava essencialmente as empresas americanas, que, segundo ele, ganharam US$ 11 bilhões por ano vendendo para a Huawei.

“Como nossa cadeia de suprimentos é extremamente diversificada — os principais componentes são produzidos por uma variedade de canais, fontes e países — nossa empresa multinacional continuará a operar independentemente de tais desafios de fornecimento”, escreveu.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Ana Luiza Figueiredo é repórter do Olhar Digital. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), foi Roteirista na Blues Content, criando conteúdos para TV e internet.