Estudo diz que níveis “normais” de vitamina B12 podem afetar saúde cognitiva

Pesquisadores alertam para ser repensada faixa "saudável" da vitamina que desempenha um papel fundamental na saúde do cérebro
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Bruno Capozzi 20/02/2025 19h27, atualizada em 21/02/2025 08h27
vitamina B12
Imagem: CeltStudio/Shutterstock
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Pessoas que estão no lado baixo ou alto dos níveis normais de vitamina B12 ainda correm risco de comprometimento cognitivo, de acordo com um novo estudo.

Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho dizem que precisamos repensar a faixa “saudável” para a vitamina que desempenha um papel fundamental na saúde do cérebro e dos nervos.

Resumo:

  • A vitamina B12, essencial para a síntese de DNA, formação de glóbulos vermelhos, e funcionamento do sistema nervoso, é crucial para manter a saúde mental.
  • A pesquisa, liderada pela Universidade da Califórnia e publicada no jornal Annals of Neurology, sugere que as faixas consideradas “normais” de B12 precisam ser repensadas, uma vez que níveis altos ou baixos podem afetar a cognição e a estrutura do cérebro sem sintomas visíveis.
  • Os pesquisadores sugerem que, além de redefinir os critérios de deficiência de B12, médicos devem reconsiderar a suplementação.

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A vitamina B12 está presente em diversos alimentos, como peixes, queijos e carne vermelha – Imagem: Tatjana Baibakova / Shutterstock

Descobertas do estudo sobre vitamina B12 e saúde cerebral

  • O estudo analisou 231 participantes com idade média de 71 anos e níveis de B12 acima do mínimo recomendado, investigando sua relação com o desempenho cognitivo e a saúde da mielina, a camada protetora das fibras nervosas.
  • Os resultados mostraram que níveis baixos de B12 ativa estavam associados a um processamento cognitivo mais lento, especialmente em adultos mais velhos.
  • Além disso, a ressonância magnética indicou que esses indivíduos tinham mais danos na substância branca do cérebro, o que está relacionado ao envelhecimento e doenças neurológicas.

Surpreendentemente, altos níveis da forma inativa de B12 também se correlacionaram com maior presença de tau, uma proteína associada à degeneração cerebral, como na doença de Alzheimer.

Os pesquisadores sugerem que, além de redefinir os critérios de deficiência de B12, médicos devem reconsiderar a suplementação, principalmente para pacientes mais velhos com sintomas neurológicos, mesmo que seus níveis de B12 estejam dentro da faixa considerada normal.

Estudo ofereceu novas perspectivas sobre a influência dos níveis de vitamina B12 em problemas cerebrais e cognitivos (Imagem: Roman Zaiets/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.