SpaceX revela motivo da explosão no sétimo voo da Starship

Foguete decolou em seu sétimo voo em 16 de janeiro, mas perdeu comunicação e explodiu acima do Caribe
Vitoria Lopes Gomez25/02/2025 08h02, atualizada em 25/02/2025 20h51
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A SpaceX concluiu a investigação para determinar as causas da explosão do sétimo voo do megafoguete Starship, em 16 de janeiro. Na ocasião, o propulsor Super Heavy pousou com sucesso na torre de lançamento, mas o estágio superior do veículo perdeu contato com a base e explodiu acima do Caribe.

Elon Musk, dono da SpaceX, publicou no mesmo dia que os indícios preliminares indicavam um vazamento de oxigênio ou combustível, que causou incêndios. A investigação da empresa explicou a causa.

Starship na base de lançamento
Voo de 16 de janeiro foi o sétimo do Starship (Imagem: luckyluke007/Shutterstock)

SpaceX revelou motivo da explosão

No dia 16 de janeiro, o Starship decolou em seu sétimo voo, partindo da base da SpaceX no Texas. As partes foram separadas como planejado e o propulsor Super Heavy pousou com sucesso na torre de lançamento, sendo agarrado pelo braço mecânico (a segunda vez que a empresa realiza o feito). Já o estágio superior perdeu contato com a base 8,5 minutos depois da decolagem e explodiu. O Olhar Digital reportou aqui.

No mesmo dia, Elon Musk publicou no X que o Starship passou por uma “desmontagem não programada”. Ainda, as primeiras investigações apontaram para um “vazamento de oxigênio/combustível na cavidade acima da parede corta-fogo do motor da nave, grande o suficiente para gerar pressão acima da capacidade de ventilação”.

A investigação continuou e a SpaceX revelou em comunicado o real motivo da explosão nesta semana:

A causa raiz mais provável da perda da nave foi identificada como uma resposta harmônica várias vezes mais forte em voo do que a observada durante os testes, o que levou a um aumento da tensão no hardware do sistema de propulsão. Os vazamentos subsequentes de propelente excederam a capacidade de ventilação da área do sótão da nave e resultaram em incêndios contínuos.

SpaceX

Como explicou o Space.com, o sótão ao qual a empresa se refere é uma área não pressurizada na área traseira da nave, entre o tanque de oxigênio líquido e o escudo térmico. A companhia ainda explicou que os incêndios fizeram com que todos os motores da Starship (menos um) executassem sequências de desligamento controlado que levaram à perda de comunicação com a nave.

Toda a investigação foi liderada pela SpaceX, com supervisão da Administração Federal de Aviação dos EUA e participação da NASA, do National Transportation Safety Board e da Força Espacial dos EUA. 

O megafoguete já passou por explosões anteriores, como no primeiro voo teste (Imagem: SpaceX/Reprodução)

Leia mais:

Starship está preparada para próximos voos

  • A SpaceX garantiu que a falha não acontecesse nos próximos voos.
  • Uma das iniciativas foi um teste de motor de “fogo estático” de 60 segundos dentro da Starship;
  • O teste permitiu identificar mudanças necessárias no hardware de alimentação de combustível dos motores a vácuo, além de ajustes nas temperaturas do propulsor e novas metas de empuxo operacional para os voos seguintes;
  • Já em relação à inflamabilidade no sótão, a empresa adicionou aberturas e um novo sistema que usa nitrogênio gasos para impedir vazamentos de propelente.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.