Monte Rainier visto da cidade de Tacoma (Imagem: Earl's Photos / Shutterstock.com)
A costa oeste da América do Norte abriga diversas cidades próximas a vulcões ativos, tornando a região vulnerável a fenômenos naturais extremos. Embora erupções vulcânicas geralmente permitam evacuações planejadas, um outro tipo de desastre pode ocorrer de forma inesperada, colocando populações em risco imediato.
Os chamados lahars são fluxos de lama e detritos vulcânicos que descem rapidamente pelas encostas das montanhas. Enquanto alguns desses eventos são desencadeados por erupções, há um tipo ainda mais perigoso, conhecido como “no-notice lahar” (algo como “lahar inesperado”), que pode acontecer a qualquer momento devido a fatores externos como chuvas intensas ou derretimento de gelo.
Recentemente, o USGS alertou sobre riscos crescentes no Monte Adams, que apresenta sinais de atividade sísmica elevada. Além disso, registros geológicos indicam que o Monte Rainier já produziu aproximadamente 60 lahars nos últimos 10.000 anos.
Para aumentar a segurança da população, o Cascades Volcano Observatory (CVO) instalou uma rede de mais de 20 estações de monitoramento ao longo da Cordilheira das Cascatas, cobrindo desde a Colúmbia Britânica até a Califórnia. Equipadas com sensores sísmicos, câmeras e alarmes, essas estações podem detectar atividades atípicas e alertar autoridades para evacuações emergenciais.
Mesmo com sistemas de monitoramento, a margem de tempo para evacuação é limitada. Em localidades como Orting, Puyallup e Sumner, um lahar originado no Monte Rainier poderia atingir as áreas urbanas em menos de 30 minutos.
Por isso, escolas e órgãos municipais realizam treinamentos regulares de evacuação, ensinando a população a agir rapidamente diante de uma emergência. Esses exercícios são cruciais para garantir que, caso um lahar ocorra, o maior número possível de pessoas consiga deixar as áreas de risco a tempo.
Esta post foi modificado pela última vez em 27 de fevereiro de 2025 05:24