Data centers de IA estão crescendo, mas onde estão os empregos prometidos?

Em uma cidade no interior dos Estados Unidos, cerca de 1.500 pessoas estão construindo o primeiro data center do projeto Stargate, da OpenAI, que se tornará um dos maiores centros de IA do mundo.

Contudo, quando concluído, o número de funcionários permanentes será reduzido para cerca de 100, uma quantidade muito menor do que o de trabalhadores que poderiam ser empregados em outras indústrias de grande porte, como mostra o The Wall Street Journal.

A construção de data centers é altamente intensiva, mas uma vez em operação, exige um número reduzido de funcionários.

Data centers: custam muito, empregam pouco

Embora políticos e líderes empresariais promovam os data centers como grandes geradores de empregos, a realidade é que esses centros podem criar mais empregos durante sua construção, mas têm um impacto muito menor a longo prazo.
Os data centers, como o Stargate, requerem centenas de bilhões de dólares para serem construídos, mas, após a abertura, o número de empregos permanentes é limitado.
Apenas um pequeno número de pessoas se fazem necessárias para gerenciar os sistemas, como analistas de dados, engenheiros e seguranças.

Além disso, a construção de data centers geralmente ocorre em áreas remotas, onde a terra e a energia são mais baratas. Isso é especialmente vantajoso para o treinamento de IA, que não requer proximidade com grandes centros urbanos.

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O CEO da Crusoe, responsável pela construção do data center em Abilene, destacou que locais como o oeste do Texas são ideais para esse tipo de infraestrutura devido à abundância de terra e energia.

Portanto, apesar da grande expectativa em torno dos data centers, a geração de empregos permanentes acaba sendo menor do que o esperado. A maior parte da força de trabalho está envolvida na fase de construção, e a quantidade de funcionários nas operações diárias é limitada.