Efeito streaming? TV por assinatura tem maior recuo da história no Brasil

Mercado de TV por assinatura fechou 2024 com 9,3 milhões de clientes – pode parecer muito, mas não é; entenda o que este número mostra
Pedro Spadoni05/03/2025 12h00
Controle na frente de aparelho de TV Box em móvel numa sala
(Imagem: Ultraskrip/Shutterstock)
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O mercado de TV por assinatura teve o maior recuo da sua história no Brasil em 2024, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O setor fechou o ano em questão com 9,3 milhões de clientes. Pode parecer muito, mas não é.

Colocando o número em perspectiva: representa queda de 21% em comparação ao fim de 2023; e de 52,7% se você considerar o pico de clientes (19,6 milhões), registrado em 2014.

A mudança de hábito dos consumidores pode ter ocorrido por conta do avanço das plataformas de streaming (Max, Netflix, Prime Video) e de preocupações econômicas, segundo especialistas ouvidos pelo Poder360.

Raio-X do mercado de TV por assinatura no Brasil

A região Sudeste concentra a maioria das assinaturas no país. A distribuição é a seguinte:

  • Sudeste: 61,4% das assinaturas;
  • Nordeste: 16,6%;
  • Sul: 13%;
  • Centro-Oeste: 5%;
  • Norte: 4%.
Pessoa apontando controle para TV com vários quadradinhos de programas na tela
Queda da TV por assinatura pode ter ocorrido por conta do avanço das plataformas de streaming (Imagem: Proxima Studio/Shutterstock)

A maior parte (96%) do mercado de TV por assinatura se distribui entre cinco operadoras: Claro (51,1%), Sky (28,8%), Vivo (8,5%), Oi (7%) e Ibipar (0,6%).

Dá para acessar o serviço de TV por assinatura por meio de satélite, cabo (coaxial, metálico ou de cobre) e fibra óptica. Neste caso, os 9,3 milhões de clientes se distribuem da seguinte forma:

  • Satélite: 4,6 milhões de clientes;
  • Cabo: 3,5 milhões;
  • Fibra: 1,1 milhão.

Leia mais:

Governo quer lançar streaming público em 2025

O Ministério da Cultura planeja lançar uma plataforma de streaming pública em 2025. O objetivo seria ampliar o catálogo de produções nacionais disponíveis à população.

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Ministério da Cultura planeja lançar streaming com obras que governo já tem direito e produções atuais (Imagem: Roman Samborskyi/Shutterstock)

A ideia é aproveitar obras das quais o governo federal já tem direito. E incluir produções cinematográficas atuais. O projeto é feito em parceria com o Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais da Universidade Federal de Alagoas.

Saiba mais sobre a (possível) nova plataforma de streaming pública e nacional nesta matéria do Olhar Digital.

Pedro Spadoni
Redator(a)

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.