Vídeo: dezenas de enguias fazem um raro encontro na Nova Zelândia

O avistamento ocorreu antes do grupo de animais realizar uma migração de mais de 1.600 quilômetros até Tonga
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 11/03/2025 06h40
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Imagem: Edges of Earth
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Uma equipe de pesquisadores da expedição Edges of Earth documentou um encontro considerado raro com cerca de 30 enguias. O avistamento ocorreu antes do grupo de animais realizar uma migração de mais de 1.600 quilômetros até Tonga.

Os cientistas explicam que as enguias-de-barbatana-longa (Anguilla dieffenbachii) são as maiores enguias de água doce endêmicas da Nova Zelândia. O registro recente serve para ajudar a proteger os animais e aprofundar o conhecimento sobre o ciclo de vida deles.

Longa e única migração

As enguias-de-barbatana-longa vivem entre 25 e 80 anos em rios, lagos e pântanos antes de iniciarem uma única migração para se reproduzir. Ao chegarem a Tonga, as fêmeas depositam seus ovos em águas profundas, onde são fertilizados pelos machos.

Em seguida, as criaturas adultas morrem, completando seu ciclo de vida. Já as larvas eclodem e iniciam uma jornada de retorno à Nova Zelândia, sendo transportadas pelas correntes oceânicas até que possam se estabelecer novamente em habitats de água doce.

Estes animais também são conhecidos por sua longevidade e grande porte, podendo atingir mais de 1,5 metro de comprimento e pesar até 25 kg. Elas possuem uma pele lisa e viscosa, com coloração variando entre marrom-escuro e preto, o que lhes proporciona uma camuflagem eficiente nos ambientes aquáticos.

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Animais correm risco de extinção

  • Outra característica marcante das enguias é a adaptação notável para viver em ambientes diversos, podendo sobreviver em condições de baixa oxigenação.
  • Apesar disso, sua população está em declínio devido à perda de habitat, pesca excessiva e mudanças ambientais.
  • Especialistas alertam que a conservação da espécie é essencial para evitar sua extinção e garantir o equilíbrio dos ecossistemas de água doce.
  • Por isso, o novo registro pode ajudar a criar novos métodos para garantir a sobrevivência destas fascinantes criaturas.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.

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