Por que não se deve acordar um sonâmbulo?

Embora o sonambulismo possa ser um transtorno incômodo e até perigoso, algumas medidas simples podem ajudar a minimizar os riscos
Por Kelvin Leão Nunes da Costa, editado por Layse Ventura 14/03/2025 05h20, atualizada em 03/04/2025 11h04
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Sonambulismo / Crédito: Pixel-Shot (shutterstock/reprodução)
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O sonambulismo é um distúrbio do sono no qual a pessoa realiza atividades motoras, como andar e executar tarefas, sem estar consciente. Embora haja um mito popular de que “não pode acordar sonâmbulo”, a realidade é mais complexa. Acordá-los abruptamente pode causar reações inesperadas, como confusão, desorientação e até mesmo agressividade.

Neste artigo, exploramos as razões por trás dessa recomendação e o que fazer ao encontrar alguém em um episódio de sonambulismo.

O que fazer durante um episódio de sonambulismo?

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Sonambulismo / Crédito: Pixel-Shot (shutterstock/reprodução)

Uma dúvida comum é se o sonâmbulo pode ser acordado. Segundo especialistas, é possível, mas deve-se fazer isso com muito cuidado. Acordá-los de forma brusca pode gerar reações imprevisíveis. O ideal é conduzir o indivíduo suavemente de volta para a cama para evitar riscos. Se for necessário acordá-lo, deve-se fazer isso de forma delicada e sem o assustar.

Sonambulismo: quem desenvolve o distúrbio do sono

Pessoa dormindo
Pessoa dormindo / Crédito: Prostock-studio (shutterstock/reprodução)

O sonambulismo é mais comum em crianças, afetando até 40% delas em algum momento, e geralmente desaparece na adolescência. Entre adultos, a prevalência varia de 0,5% a 4%. O sonambulismo tem forte componente genético, sendo mais frequente em gêmeos idênticos e em pessoas com histórico familiar.

Os episódios ocorrem geralmente nas primeiras horas do sono profundo e podem durar de segundos a mais de 30 minutos. A causa exata ainda é desconhecida, mas envolve a ativação irregular das áreas motoras do cérebro enquanto as responsáveis pela consciência permanecem inativas.

Fatores como uso de sedativos, álcool, estresse, ansiedade e febre aumentam o risco de sonambulismo. Além disso, problemas respiratórios, refluxo gastroesofágico e transtorno de estresse pós-traumático podem estar associados ao distúrbio.

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Recomendações para conviver com um sonâmbulo

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Sonambulismo / Crédito: NewAfrica (shutterstock/reprodução)

Para conviver com um sonâmbulo de forma segura, é essencial tomar alguns cuidados com o ambiente. Trancar portas e janelas, retirando as chaves, ajuda a evitar que a pessoa saia de casa sem perceber. 

Também é recomendável instalar telas ou grades de proteção nas janelas, além de bloquear o acesso às escadas e evitar o uso de beliches para reduzir o risco de quedas. Além disso, é importante guardar objetos cortantes em locais seguros e remover e obstáculo para minimizar a chance de tropeços. 

Outra medida útil é o uso de luzes com sensor de movimento, que podem alertar os familiares caso o sonâmbulo se movimente durante a noite.

Kelvin Leão Nunes da Costa
Colaboração para o Olhar Digital

Jornalista formado pela Anhembi Morumbi, ama futebol e cinema. Cursou engenharia antes de descobrir sua paixão pelo jornalismo. Atualmente é analista de conteúdo e colaborador no Olhar Digital.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.