Japão compra jatos da Embraer — e quer combustível brasileiro

All Nippon Aiways fechou contrato de R$ 10 bilhões para adquirir 15 modelos E-190 e outras cinco aeronaves no futuro
Por Bruna Barone, editado por Bruno Capozzi 26/03/2025 18h26
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Contrato sela confiança de japoneses, segundo ministro (Imagem: Embraer/Divulgação)
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A Embraer fechou acordo com a principal empresa japonesa do setor aéreo que vai render R$ 10 bilhões à companhia brasileira. A companhia All Nippon Aiways optou por 15 modelos E-190 e informou que pretende adquirir outras cinco aeronaves em um futuro breve.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (26) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que participa de uma comitiva no país asiático. Segundo ele, o contrato sela a confiança dos japoneses, abrindo caminho para parcerias com outras nações.

“Com a venda dos aviões para os mercados internacionais, precisaremos preparar mão-de-obra brasileira, estruturando nosso grande plano de preparar nossos jovens para esse novo mercado de trabalho da aviação”, disse o ministro.

Embraer quer ampliar participação no mercado internacional (Imagem: Embraer/Divulgação)

Além disso, há conversas entre Embraer e investidores para o desenvolvimento da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL), popularmente conhecido como “carro voador”. A companhia brasileira fechou uma joint venture com uma empresa japonesa para produzir os motores elétricos.

O plano é disponibilizar esse tipo de veículo para o mercado até o final de 2027. Regiões com trânsito intenso, como São Paulo, Los Angeles ou Nova York, seriam priorizadas.

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De olho no futuro

O governo brasileiro diz que avançou nas negociações para venda do Combustível Sustentável de Aviação (SAF) ao setor de aviação japonês, garantindo uma alternativa ao combustível de origem fóssil.

Governo brasileiro diz que avançou nas negociações para venda do Combustível Sustentável de Aviação (Imagem: Embraer/Divulgação)

O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar tem sido promovido pela comitiva como uma opção sustentável que pode ser obtida também de resíduos da agricultura, óleo de cozinha usado, gorduras e milho, entre outros, puros ou misturados.

“O SAF é um combustível que é constituído de etanol. Portanto, é significativo para indústria do agronegócio brasileiro. Além disso, estamos trabalhando ao lado de todos os ministros do Japão, inclusive o primeiro-ministro, para que 10% do combustível aqui no Japão seja feito de etanol”, informou o ministro Silvio Costa Filho.

Bruna Barone
Colaboração para o Olhar Digital

Bruna Barone é formada em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Atuou como editora, repórter e apresentadora na Rádio BandNews FM por 10 anos. Atualmente, é colaboradora no Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.